Diversidade: pluralidade, multiplicidade, intersecção de diferenças. De origem latina, a palavra traz tudo o que abrange o diferente – sejam pessoas ou ângulos de visão. A sociedade brasileira essencialmente pode ser definida dessa forma: diversa, já que abrange uma população de várias cores, etnias, religiões e gêneros.
A grande variedade de pessoas que vemos nas ruas deveria também ser vista dentro das empresas – o que, atualmente, não é verdade. Muitas organizações, no entanto, estão trabalhando forte para que essa verdade seja cada vez mais crível e o varejo é um grande personagem nessa trama.
Os principais pilares analisados hoje quando falamos de diversidade e inclusão abordam raça e etnia, LGBT, gênero, geração e profissionais com deficiência. É um tema abrangente que demanda cuidado – e mostra que muito ainda precisa ser feito.
Entre a teoria e a prática
Conforme lembra Rodrigo Vianna, diretor da Talenses, no Brasil ainda estamos em desenvolvimento quando o assunto é equidade de gênero no mundo corporativo – um item que deveria ser básico –, portanto, as outras vertentes ainda precisam de muito esforço para serem efetivamente colocadas na pauta de forma prática. “É um desafio, principalmente porque é uma resistência velada, que não é falada, mas as pessoas sentem e preferem não aceitar a diversidade no geral”, destaca.
O estudo “Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas”, feito pelo Instituto Ethos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, é um exemplo dessa colocação. A presença das mulheres no mercado de trabalho já está mais do que comprovada, no entanto, ainda é marcada por um grande afunilamento hierárquico.
Na pesquisa, o público feminino fica a frente do masculino nas categorias aprendizes (55,9%) e estagiários (58,9%). A partir dos trainees, porém, as colaboradoras passam a perder representatividade – e quando chega aos cargos de liderança, a queda se acentua. Nas organizações analisadas pelos órgãos, as mulheres representam 11% do conselho de administração, 13,6% do quadro executivo e 31,3% da gerência.
Fonte: NOVAREJO