Por Redação | O varejo de moda deve apresentar um crescimento de 10,1% na quantidade de peças comercializadas e 13,1% em valores nominais em 2024. A projeção foi feita pela consultoria Inteligência de Mercado (Iemi). O período ao qual os valores se referem é para dezembro de 2024, e a comparação é feita com o mesmo mês do ano anterior.
Segundo o estudo, a expectativa é de que sejam comercializadas 971,8 milhões de peças de vestuário e que isso movimente R$ 47 bilhões no final do ano, que é uma das maiores temporadas para o varejo.
Os representantes da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) revelam expectativas otimistas para este ano, apesar de o setor continuar enfrentando desafios.
“A confiança do consumidor na economia, o aumento da massa salarial e a facilidade ao crédito têm impulsionado as vendas no setor de moda. Estamos otimistas com o desempenho do varejo têxtil neste final de ano, mas para alcançar esse potencial dependemos, em grande medida, de um ambiente de negócios regido pela isonomia tributária e regulatória”, indica Edmundo Lima, diretor executivo da Abvtex.
Nos últimos anos, a presença crescente das plataformas internacionais de e-commerce, como Shein e Shopee, por exemplo, e o comércio informal têm ameaçado a competitividade do varejo nacional. Sendo assim, a Abvtex busca reforçar a importância do combate à pirataria e à concorrência desleal no setor.
“A isonomia tributária e regulatória é fundamental. Não podemos permitir que empresas que operam fora das normas que regem o nosso setor consigam vantagens indevidas. Precisamos garantir a conformidade dos produtos com a legislação brasileira, de acordo com os parâmetros estabelecidos para a proteção dos consumidores”, complementa Lima.
Segundo a associação, o imposto de importação de 20% nas compras dos e-commerces internacionais ajuda a reduzir o desequilíbrio tributário, mas ainda está muito abaixo das taxas cobradas aos varejistas brasileiros. A Abvtex destaca que está “comprometida em lutar por condições mais justas de concorrência, reafirmando seu papel na defesa de políticas que promovam isonomia e combatam a pirataria e a informalidade para um crescimento sustentável do varejo de moda.”
“Produtos provenientes de e-commerces internacionais comumente não seguem as normas sobre etiquetagem, descrição da origem do produto e a inclusão da composição têxtil, especialmente no caso de roupas”, completa o executivo.
Fonte: Mercado e Consumo