As vendas do comércio varejista subiram 0,7% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado superou a mediana das estimativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, calculada em +0,20%, e ficou dentro do intervalo das previsões, de queda de 0,60% a alta de 1,52%.
Na comparação com novembro de 2016, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 5,9% em novembro de 2017. Nesse confronto, as projeções iam de uma expansão de 1,10% a 6,50%, com mediana positiva de 3,70%.
As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,9% no ano e elevação de 1,1% em 12 meses.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 2,50% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio acima do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde um recuo de 0,50% a um avanço de 2,3%, com mediana positiva de 0,5%.
Na comparação com novembro de 2016, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 8,7% em novembro de 2017. Nesse confronto, as projeções variavam de uma expansão de 4,4% a 8,2%, com mediana positiva de 6,05%.
As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 3,7% no ano e aumento de 2,6% em 12 meses.
Por setores. O acréscimo de 0,7% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de outubro para novembro de 2017, na série com ajuste sazonal, mostrou predomínio de resultados positivos, que alcançaram cinco das oito atividades pesquisadas. Dentre essas, os maiores avanços foram observados nos setores de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,0%); e Móveis e eletrodomésticos (6,1%), setores de marcada presença nas vendas pela internet.
Com variação positiva nas vendas, encontram-se ainda Livros, jornais e papelaria (1,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que com o acréscimo de 0,8% marcou o oitavo avanço consecutivo nessa comparação, período que acumulou ganho de 6,5%.
Por outro lado, sinalizando recuo nas vendas frente a outubro de 2017, figuram Combustíveis e lubrificantes, com redução de 1,8% e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,8%), ambos compensando avanços de, respectivamente, 1,6% e 2,7% registrados no mês anterior. O setor de Tecidos, vestuários e calçados (0,0%) manteve as vendas estáveis na passagem de outubro para novembro de 2017.
Considerando o comércio varejista ampliado, o volume das vendas em novembro mostrou avanço de 2,5% em relação a outubro de 2017, na série com ajuste sazonal, com as vendas de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção registrando aumento, em relação ao mês anterior, respectivamente de 1,5% e 2,3%.
Impulso. O varejo brasileiro registrou uma melhora além do esperado em novembro e os próximos dados devem seguir positivos, na avaliação do economista-sênior internacional da Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia.
“A principal história aqui é que a melhora das condições de crédito, a baixa inflação e a estabilidade do mercado de trabalho estão ajudando os consumidores, e esperamos um desempenho relativamente bom no quarto trimestre do ano, na margem, como um todo”, escreveu em relatório enviado a clientes, acrescentando que os ganhos foram sólidos e devem se perpetuar no primeiro trimestre de 2018.
Fonte: Estadão