Mesmo diante das dúvidas sobre o desenrolar da crise política e sobre a estatura inicial da recuperação econômica, não dá para continuar sacrificando a rentabilidade. Decisões que fogem do lugar-comum, cálculos mais elaborados de margem, critérios mais ‘científicos’ de precificação, atenção à elasticidade de preço, promoções que incremetam em vez de canibalizar, gôndola abastecida e coragem para abandonar o que não funciona, tornaram-se imperativos. E essa campanha, com reportagens específicas ao longo do ano, é nosso chamado por mais e mais valor.
Intitulada Em Defesa da Margem, a campanha foi lançada no último Fórum de Colaboração Varejo e Indústria, e já teve imediata aceitação das redes participantes. Levada, logo depois, aos fornecedores, também ganhou apoio instantâneo. Aqui, trazemos depoimentos de alguns empresários e executivos sobre o esforço para incrementar os resultados. Mais lucro é o que você merece!
“Maior lucro é o que todos querem. Porém, agora o lucro tem de ser alcançado num cenário de menos volume em relação ao período de euforia e de mais concorrência, gerada pelo nosso ímpeto saudável de abrir lojas. É preciso, portanto, buscar novos aprendizados e maior eficiência.” Antônio Cesa Longo – Presidente, Agas (Associação Gaúcha de Supermercados) – RS
“Para elevar a lucratividade, criamos a área de pricing, que trabalhará com dados do mercado. E estabelecemos metas de margens por categoria. O comprador não será mais o responsável pela definição de preços Com isso, esperamos crescer 1 ponto percentual na margem bruta.” Luiz Coutinho – Diretor-presidente, Extrabom – ES
“Nossa rede vem investindo bastante no combate às perdas, para elevar a margem. Temos uma área de prevenção com 30 pessoas e, graças ao desenvolvimento de melhores processos, entre outras iniciativas, reduzimos as perdas de 3%, em janeiro de 2015, para 1,5% em julho de 2016.” Antônio Marcos Bezerra – Diretor comercial, Arco-Mix – PE
“Com a implantação de gerenciamento por categoria, queremos elevar as vendas e a rentabilidade. Essa será uma das nossas iniciativas. Ao realizar o GC, estaremos olhando o mercado, entendendo o comportamento do consumidor e analisando o que o shopper busca nas prateleiras.“ Leonardo Miyao – Diretor nacional comercial, Comper –MS
“Em 2017, vamos melhorar a lucratividade concentrando nossas vendas em menos produtos. A ideia é tornar o sortimento mais produtivo (sem ignorar a vontade do consumidor), para reduzir os custos operacionais e ampliar a escala de compra.” Artur Raposo – Diretor de operações e logística, Roldão Atacadista – SP
“Apostamos em uma margem mais saudável com a implantação do DRE (demonstrativo de resultado do exercício) por departamento, além de um conjunto de métricas para cada supervisor da loja. Eles passaram a ser avaliados por vendas, margem e despesas, o que tem sido bem eficaz.” Adriano Roberto de Lima – Diretor administrativo, Supermercado Ponto Novo – SP
“Cada empresa sabe o melhor jeito de defender sua margem. A nossa estratégia é diversificar o portfólio de formatos – temos de atacarejo a lojas gourmet –, além de adotar uma precificação mais baseada em informações, e em cálculos produtivos.” Tiago Vidal Lohn – Diretor de expansão, Imperatriz – SC
Fonte: Supermercado Moderno