A pandemia direcionou os investimentos dos varejistas em tecnologias que facilitam o cotidiano e melhoram a produtividade. A afirmação é de Eduardo Terra, sócio da BRT-Varese
Por Redação
O maior evento de varejo do mundo, a NRF 2022: Retail’s Big Show, realizada em Nova York e promovida pela National Retail Federation, mostrou que a pandemia direcionou os investimentos dos varejistas em tecnologias que facilitem o cotidiano e melhorem a produtividade. A afirmação é de Eduardo Terra, sócio da BRT-Varese, em entrevista ao Valor Econômico.
Segundo consultores, avançaram iniciativas que podem ajudar as empresas a prever problemas e a melhorar a gestão de estoques. Dentro desse conceito, destacaram-se os robôs que fazem a seleção de produtos nos centros de distribuição. Há desde os mais simples, que carregam pacotes e interagem com humanos nos armazéns, até os 100% automatizados. Outro robô, da Avid Bots, varre e esteriliza ambientes com álcool. Ele é capaz de limpar três mil metros quadrados por hora.
Para o curto prazo, com foco nessa agenda após a crise sanitária, a Gartner estima que os investimentos em tecnologia devem superar, pela primeira vez, os US$ 200 bilhões em 2022 no mundo, segundo relatório no fim de 2021. É pouco mais de 7% de alta, ritmo superior ao do ano passado (5,9%). Até 2025, serão mais US$ 60 bilhões, equivalente à receita anual da Apple em seu aplicativo.
Há mudanças que melhoraram a experiência da compra, e são visíveis ao clientes. Para reduzir filas e diminuir aglomerações, a japonesa Glory mostrou caixas de autoatendimento que aceitam dinheiro, e não apenas cartões. A startup Facil’iti vende uma espécie de “plug in” que se instala no site e o habilita para uso a pessoas com alguma dificuldade motora ou cognitiva, como daltônicos. A Revery. Ai apresentou um sistema que transforma qualquer imagem para os sites em 2D para 3D.
Consultores lembram que as decisões de investimento em tecnologia nas redes no país neste ano precisam considerar um cenário de retomada gradual no consumo e de aumento nos custos do capital. A necessidade de retomar abertura de lojas, que perderam força após 2020, também entram nesse cálculo.
Fonte: Panorama Farmacêutico