As 250 maiores empresas de varejo do mundo apuraram receitas somadas de US$ 4,4 trilhões em 2016, o que equivale a um crescimento de 4,1% em relação a igual período de 2015, segundo estudo da Deloitte Global Powers of Retailing 2018: mudança transformadora, comércio revigorado. “A economia global está em meio a um período de crescimento relativamente forte e com condições boas. O crescimento avançou na Europa e no Japão, ficou estável na China e nos EUA e foi retomado em diversos mercados emergentes”, afirma Ira Kalish, economista-chefe da Deloitte Global.
Entre as empresas brasileiras, destaque para a Lojas Americanas, que pelo terceiro ano consecutivo figura na lista das 50 companhias de crescimento mais rápido dentre os maiores grupos varejistas globais, além de seguir como único representante do Brasil no ranking global, ocupando a 185ª colocação. “Em geral, as empresas que apuraram melhores resultados são aquelas que se adaptaram melhor às múltiplas plataformas de vendas e de atendimento aos clientes”, diz Reynaldo Saad, sócio da Deloitte.
Ranking
No ranking global, os cinco maiores varejistas mantiveram suas posições no quadro de líderes. As norte-americanas Walmart, Costco Wholesale Corporation e The Kroger Co. continuam, portanto, na liderança do ranking, seguidas pelo Schwarz Group, da Alemanha, e da também americana Walgreens Boots Alliance. Porém, uma combinação de crescimento orgânico, aquisições e volatilidade da taxa de câmbio embaralhou as colocações das empresas do Top 10 – que agora representa 30,7% da receita de varejo geral do ranking.
A Amazon (EUA) avançou da 10ª para a 6ª colocação, ocupando o lugar da The Home Depot (EUA), que recuou para o 7º posto. O Aldi Group (Alemanha) manteve a 8ª colocação, enquanto que o Carrefour S.A. (França) passou do 7º posto para o 9º neste ano. Já a norte-americana CVS Health Corporation figura na última posição do Top 10, evoluindo da 12ª colocação, na qual estava no ano anterior. Pela primeira vez em quatro anos, as empresas varejistas do setor de vestuário e acessórios não foram as líderes de crescimento, mas continuam formando o segmento mais lucrativo.
Tendências
O levantamento também apurou quatro grandes tendências para o varejo. A primeira mostra que, do ponto de vista do consumidor, a decisão de compra não é baseada em uma disputa entre os ambientes físico e online. Para eles, o canal de compras não importa, mas, sim, a satisfação de suas expectativas.
Outra tendência é a integração dos ambientes físico e online. Uma terceira transformação observada foi a oferta de experiências exclusivas aos clientes como forma de as lojas físicas competirem com a conveniência trazido pelo meio virtual.
Por fim, uma quarta tendência observado pela Deloitte foi o aumento do uso da internet das coisas, inteligência artificial, realidades aumentada e virtual e robôs entre outras tecnologias usadas pelos varejistas como ferramentas de gestão e estímulo às vendas. “Vivemos um tempo de transformação no varejo. O cliente está claramente com o controle nas mãos, habilitado pelas tecnologias para permanecer constantemente conectado e mais capacitado do que nunca para gerar mudanças de comportamento em relação às compras”, diz Vicky Eng, líder global do setor de varejo da Deloitte.
Fonte: Newtrade