Existem 12.600 lojas vazias nos shopping centers brasileiros. Pode parecer muito, mas o setor está comemorando – esse número já foi muito maior. Pesquisa realizada pelo Ibope mostra que em dois anos, de 2016 a 2018, o índice de espaços disponíveis nos shoppings consolidados — isto é, inaugurados até 2012 — caiu quase 50%, passando de 7,6% para 4% de área bruta locável (ABL). O número é próximo da vacância considerada natural pelo setor, que gira entre 2 a 3%.
Esse desempenho foi impulsionado pela abertura de lojas de serviços e alimentação, além de mais flexibilidade nas negociações sobre o valor do aluguel entre administradoras e varejistas Segundo a Associação Brasileira dos Shopping Centers (Abrasce), a vacância no Brasil está entre as três menores do mundo.
“Estamos otimistas, houve uma redução expressiva da vacância, da inadimplência e tivemos crescimento de vendas”, afirma Rafael Nunes, diretor do Grupo Saphyr, que administra centros comerciais no Sudeste, Norte e Nordeste, como Fashion Mall (RJ), Shopping Metrô Tucuruvi (SP), Pátio Maceió (AL) e Manaus ViaNorte (AM). “Mas sem euforia, já que estamos em ano de Copa do Mundo e Eleições”, completa.
Os novos empreendimentos, lançados entre 2013 e 2017, apresentam vacância bem mais elevada, 41% das lojas, segundo o levantamento, com uma leve melhora em relação a 2016, quando o índice era de 46%. O estudo comprova que quanto mais novo o shopping, maior é a disponibilidade de espaço para locação. “Varejistas privilegiam os shoppings que têm mais maturação no mercado, porém, os valores de aluguel e o poder de negociação são diferentes”, explica Márcia Sola, diretora de shopping, varejo e imobiliário do Ibope.
Fonte: Veja