A Vulcabras Azaleia informou, em teleconferência para analistas de mercado e investidores nesta terça-feira, que está pronta para aproveitar sinergias da marca Under Armour com outras marcas da companhia. A empresa é dona das marcas Azaleia, Dijean, Olympikus, Opanka, Botas Vulcabras e Under Armour no Brasil.
“Graças às integrações feitas, a Under Armour encontra-se pronta para aproveitar sinergias com outras marcas”, disse Pedro Bartelle, presidente da Vulcabras Azaleia.
O executivo observou que a companhia apresentou gastos mais altos no quarto trimestre devidos em parte à internalização das operações de comércio eletrônico da Olympikus e da Azaleia, aproveitando a estrutura já existente de comércio eletrônico da marca Under Armour.
A empresa também concluiu no quarto trimestre a segunda expansão de suas fábricas localizadas no Ceará e na Bahia, que devem proporcionar ganhos de produtividade para todas as marcas da empresa.
O executivo destacou ainda o crescimento de vendas no Brasil no quarto trimestre, com vendas “boas” na Black Friday e no Natal. A teleconferência foi encerrada sem perguntas de analistas.
A Vulcabras Azaleia encerrou o quarto trimestre com crescimento de 5,6% na receita líquida, para R$ 373,9 milhões. O lucro líquido teve queda de 2,4%, para R$ 45,1 milhões, com crescimento de despesas mais forte que o aumento da receita.
Os custos, no entanto, avançaram em ritmo mais acelerado. Com isso, a margem bruta da companhia recuou 2 pontos percentuais, passando de 37,8% para 35,8%.
No relatório que acompanha as demonstrações financeiras, a administração da Vulcabras diz que, a exemplo do que foi observado nos nove primeiros meses de 2019, houve elevação dos custos de algumas matérias-primas e de outros custos fabris “sem que houvesse a possibilidade de repasse aos preços de venda”.
No último trimestre do ano, a Vulcabras conseguiu reduzir as despesas administrativas em 6,5%, para R$ 29,8 milhões com o corte em despesas de pessoal, viagens e energia elétrica. Isso, no entanto, não foi o suficiente para compensar o crescimento de 9,4% nas despesas com vendas — o que, segundo a companhia, refletiu o aumento das despesas com fretes e das provisões para liquidações duvidosas. Também houve piora da linha de “outras receitas/despesas operacionais” que ficou negativa em R$ 2,2 milhões.
Na linha financeira houve melhora devido às reduções nas despesas com juros passivos, ao resultado cambial e ao reconhecimento de R$ 10,2 milhões de receita referente ao ajuste a valor presente de débito de ICMS no Sergipe. As receitas financeiras cresceram quase 490%, para R$ 15,2 milhões, enquanto as despesas financeiras recuaram 19%, para R$ 7,7 milhões. Com isso, o resultado financeiro líquido ficou positivo em R$ 45,7 milhões. No mesmo intervalo de 2018, o resultado foi negativo em R$ 6,9 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 60,2 milhões, montante 12,9% menor que o apurado um ano antes.
Fonte: Valor Econômico