Em 2014, 7% das famílias paulistanas faziam suas compras nos chamados atacarejos (mercadões que vendem produtos no atacado para consumidores do varejo). Pesquisa realizada na primeira quinzena de outubro pela Quorum Brasil mostrou que esse índice saltou para 24% – mais do que o triplo em relação a dois anos atrás.
A pesquisa foi feita com mulheres de renda familiar mensal acima de R$ 6,5 mil. A maioria (52%) disse que procura os atacarejos por causa dos preços mais baixos. A localização também é um ponto positivo. Estar em vias de grande fluxo, muitas vezes no caminho entre o trabalho e a casa, atrai a consumidora.
As entrevistadas também apontaram pontos negativos nos atacarejos. Para 32%, a desorganização é o principal problema, seguida de limpeza e iluminação (23%) e frutas e verduras ruins (16%).
Questionadas sobre se continuarão comprando nos atacarejos quando a situação melhorar, 32% responderam “não”. A pesquisa conclui que “o atacarejo atual atende ao motivador principal [preços baixos], mas não atende ao modelo de compra estabelecido por essa classe, que demanda por mais organização”.