Do iniciante ao mais experiente, um ciclista deve estar sempre preparado e equipado para qualquer imprevisto durante seus percursos de bicicleta. Por ser praticante de triatlo – modalidade esportiva com provas de natação, corrida e também um trecho sobre duas rodas – o empreendedor curitibano Sandro Wuicik, 31, sabe muito bem disso.
Segundo Wuicik, encontrar lojas abertas e disponíveis para oferecer comida, equipamentos e oferecer serviços aos ciclistas que praticam seus treinos fora do horário comercial era algo muito difícil.
Percebendo a falta de oferta à sua demanda, ele mesmo decidiu criar a solução. “Devido à rotina de trabalho e do meu esforço em ficar com a família, meus treinos acabam ficando para o horário da madrugada, ou seja, quando lojas de conveniência e de serviços de bike costumam estar fechadas. Senti que esse era um problema meu e de muitos colegas de triatlo”, afirma Wuicik.
Junto a seu sócio e também parceiro no esporte, o consultor em contabilidade Eduardo Palu, 28 – com quem administra um posto de gasolina em Curitiba –, Wuicik decidiu criar uma vending machine que funciona 24 horas por dia e que tem produtos e serviços voltados aos ciclistas.
Assim, em novembro de 2016, os dois lançaram a Bike Station, máquina que vende suplementos, alimentos, equipamentos para bicicleta e acessórios, além de oferecer serviços gratuitos: a estação de vendas também conta com uma bomba para encher pneu e ferramentas simples de manutenção.
Com um investimento inicial de R$ 35 mil, a dupla elaborou a primeira vending machine da Bike Station, que foi instalada no posto de gasolina que ambos administram. “Fomos conversando com nossos colegas para saber o que eles achariam importante colocar dentro da vending machine e também pusemos uma caixa de sugestões ao lado da máquina”, diz o curitibano.
O posto não fazia parte da rota comumente adotada por ciclistas. No entanto, mesmo assim, começou a chamar atenção dos transeuntes e clientes do posto, que divulgavam a Bike Station em seus grupos internos de colegas ciclistas.
Assim, a estação de venda foi se tornando conhecida na capital paranaense. A demanda levou os sócios a investirem mais oito máquinas, espalhadas por outros postos de gasolina, restaurantes e lojas. Hoje, há terminais na região metropolitana de Curitiba e também em Santa Catarina e São Paulo.
Com essas 9 máquinas instaladas, a dupla já faturou R$ 250 mil desde o início da operação até hoje.
Para administrar as vending machines, os sócios possuem um aplicativo que informa, em tempo real, as vendas e os produtos que estão próximos de se esgotar. Assim, conseguem estabelecer um esquema de reabastecimento conforme a demanda.
Em agosto deste ano, a Bike Station para virar franquia, formato que irá possibilitar que os sócios alcancem o sonho de chegar a todas as regiões do país. Além disso, a empresa quer criar outro modelo de negócio, com a oferta de serviços gratuitos de bomba de pneu e ferramentas para manutenção das bicicletas. O plano é que empresas parceiras paguem a Bike Station pelo oferecimento do serviço. “Queremos espalhar essas estações entre as ciclovias e pontos estratégicos para ciclistas ”, diz Wuicki.
Fonte: PEGN