A complexidade e tempo necessários para a implementação de estratégias de transformação digital são alguns dos motivos que levam companhias a postergarem projetos de inovação. Mesmo assim, 96% dos executivos consideram a transformação como essencial e 86% acreditam que suas empresas têm menos de dois anos para digitalizar seus negócios antes que tenham prejuízos financeiros e de competitividade, segundo pesquisa da Progress de 2016.
Afinal, para acompanhar as mudanças do mercado vindas da transformação digital, as empresas devem investir na adaptação de processos já existentes, ou no desenvolvimento de soluções disruptivas?
Adaptação: é o suficiente?
Seja no que diz respeito à experiência do cliente ou na rotina dos colaboradores, o fator humano é um dos principais catalisadores para as mudanças corporativas.
No ambiente de trabalho em que a geração Y representará 50% da mão de obra mundial até 2020, segundo estudo da Forrester Research, as organizações buscam alternativas e novos processos para atrair e reter talentos. O perfil dos trabalhadores mudou, com necessidades e expectativas vindas do uso de tecnologias em sua vida pessoal. É crescente a demanda por serviços que promovam a autonomia, que sejam de fácil uso e com comunicação eficiente, como chats e mensagens de texto. Por isso, companhias buscam desenvolver soluções para dispositivos móveis com foco no consumidor final.
Disrupção: caminho sem volta
Um empreendimento que possui uma estratégia de transformação digital atrelada à um modelo de negócio disruptivo pode mudar o mercado de forma impactante. Um exemplo é o modelo de assinaturas que o Netflix adotou para viabilizar seu serviço de streaming, e forçou grandes corporações de mídia e entretenimento a repensar toda sua tática comercial.
Negócios baseados na economia colaborativa fazem com que novas empresas avancem rapidamente, como o Airbnb que foi fundado em 2008 e hoje é avaliado em cerca de US$ 30 bilhões, ultrapassando grandes players, como a rede de hotéis Hilton.
Afinal, existe resposta certa?
Sendo disruptivo ou se adaptando, o processo não é fácil. As organizações precisam alinhar profissionais, soluções e culturas a um mundo de constante mudanças. Transformação digital deixa de ser uma opção e passa a ser uma necessidade, fazendo com que a automação de processo e aplicativos de uso pessoal e corporativo sejam prioridade.
As demandas do mercado e inovações tecnológicas vão continuar gerando desafios. Organizações que entendem a importância de se reinventar irão florescer. Já as outras devem pensar em uma saída estratégica enquanto seu negócio ainda tem valor.