O que esperar para alimentação em 2017?
1. BYOB – a sigla em inglês BYOB é uma abreviação para Build Your Own Bowl, algo como “monte sua própria tigela”. As chances de você gostar desse tipo de comida são enormes, ainda mais se você trabalha fora de casa e precisa se alimentar sem exageros, cuidando da gordura ou carboidrato. A ideia é simples: você faz suas escolhas entre vários ingredientes como verdes, carnes, massa, tofu, arroz, shitake, feijão, molhos e o atendente monta seu pedido em uma tigela. Este formato já é um sucesso nos Estados Unidos, onde muito norte-americanos têm escolhido combinar ingredientes asiáticos, mexicanos, italianos como uma opção de comida fresca e mais saudável.
2. Perda Zero – cozinhas dispensam uma quantidade enorme de alimentos diariamente. Vários chefs têm se pronunciado contra o desperdício e criado novos produtos com valor comercial baseados nas “perdas” e nos ingredientes com aparência “nem tão bonita”. O movimento, que tem apoio de pessoas famosas e grandes nomes da cozinha internacional, chama a atenção para tornar o uso de alimentos como um recurso de maior propósito para sociedade. Um dos exemplos recentes é o restaurante do italiano Massimo Bottura e do brasileiro David Hertz montado no Rio de Janeiro, durante os jogos olímpicos, com as sobras de ingredientes da cozinha na Vila Olímpica. Outro caso, é a rede norte-americana Sweetgreen que desenvolveu, como ação comercial, uma salada chamada WastED Salad que utiliza essencialmente sobras de ingredientes.
3. Artesanal – produtos artesanais baseados em nichos de mercado já tiveram um expressivo aumento de volume, principalmente as bebidas como cervejas, cafés e sucos. Novos segmentos devem surgir com bom potencial de negócios como, por exemplo, sorvetes e chocolates artesanais. A criatividade de misturar sabores variados somada à versatilidade de produzir pequenos lotes de produtos, ganhará adeptos em nichos de mercado rapidamente.
4. Novos (e bons) ingredientes – de acordo com o relatório de 2016 da associação norte-americana SFA, Specialty Food Association, novos ingredientes devem surgir e serão muito conhecidos do mercado de alimentação por conta da sua rica capacidade nutricional, sabor agradável e sustentabilidade. É o caso das algas marinhas que são ricas em fibras, iodo e antioxidantes, são abundantes na natureza e têm baixo impacto ambiental. Nessa mesma trilha, surgem outros ingredientes como o inhame roxo e alimentos fermentados que também trazem benefícios à saúde e têm sabores agradáveis.
5. Geração Sem Gorjeta – consumidores cada vez mais racionais com os próprios gastos e crentes de que a taxa de serviço nos restaurantes é um valor do estabelecimento, e não dos funcionários, apresentam resistência ao pagamento do serviço compulsório. Vários movimentos surgem com a proposta dos clientes avaliarem o serviço e decidirem qual percentual oferecer como gorjeta, sem aplicação de valores padrões, etiqueta ou convenções sociais. Da mesma forma, não pagar o serviço já é uma prática comum quando o pagamento do cliente é feito por celular.
6. Saudável – diante de uma crescente taxa de sobrepeso da população brasileira, onde mais de 53% dos adultos estão acima do peso, e de que metade das principais causas de morte sofrem influência direta da alimentação, é inevitável que o mercado de alimentação saudável continue prosperando no Brasil. Mais consumidores buscam opções saudáveis e estarão menos tolerantes aos ingredientes artificiais. Alguns varejistas preparam suas cadeias de suprimentos para trabalhar com ingredientes de origem conhecida e certificada, além de privilegiarem fornecedores locais e, ainda, alguns adaptarem seus processos para utilização de alimentos frescos, reduzindo, assim, o uso de alimentos enlatados e congelados.
7. Novos vegetarianos – se você acha que os alimentos vegetarianos não têm sabor e são sem graça, melhor reconsiderar suas referências. Alimentos sem carne surgem com novas receitas, ingredientes poderosos e criativos que vão além de uma filosofia ou estilo de vida, tornando-se opções extremamente competitivas, saborosas, econômicas, livres de hormônios e com vários benefícios à saúde. Surgem consumidores conhecidos como “novos vegetarianos” que escolhem esse tipo de alimento para reduzir o consumo de carne.
8. Pop-up – não se surpreenda se você ver surgir, e desaparecer, rapidamente novos restaurantes em casas vazias ou pontos comerciais disponíveis, assim como novas praças de alimentação com food trucks e instalações temporárias em terrenos livres ou estacionamentos. Os restaurantes temporários, também conhecidos como pop-ups, são novos meios favoritos dos chefs para expor suas criações culinárias contando com a alta atenção da sociedade ao redor de uma novidade, mas sem investir na estrutura pesada de um restaurante fixo. Ainda melhor são os restaurantes temporários se eles forem montados em locais de alta circulação e com população flutuante como, por exemplo, os destinos de férias. Da mesma forma, espaços livres como terrenos desocupados, estacionamentos e galpões servem de cenário para reuniões de food trucks e serviços temporários de alimentação, principalmente no período entre as quintas-feiras e os domingos.