A operação dos grandes supermercados tem integrado cada vez mais tecnologia em seu dia a dia e os empresários já perceberam que o caminho é investir em mecanismos e sistemas para melhorar a experiência do consumidor na loja – e, por tabela, a eficiência da operação. Em um mundo de dados oriundos de fontes diferentes, os supermercados precisam organizar essas informações para entender o que entregar de melhor para o cliente.
Este trabalho pode ser realizado com o auxílio de empresas de software e serviços de business analytics, que transformam dados em insights para o negócio, identificando o que está funcionando ou não, além de descobrir novas oportunidades. Segundo Adriana Silva, Head de Analytics do SAS, a premissa do uso do analytics é melhorar os processos em que o nosso cérebro não tem capacidade de assimilar. “O sistema foi criado para entregar o melhor do melhor, como facilitar a operação do varejista, por exemplo”, disse Adriana em entrevista ao Blog APAS Show.
Uma das grandes vantagens que o business analytics pode oferecer aos supermercadistas é fazer o cálculo do inventário das lojas. Na maioria dos casos, segundo Adriana, os sistemas das lojas não conversam entre si, e isso dificulta o monitoramento de entrada e saída de produtos, o que pode resultar em fraudes, por exemplo. “Um processo feito por pessoas é passível de erro. Já a máquina minimiza os erros e o sistema do SAS dá uma espécie de ‘CPF’ para cada produto e os seus algoritmos criam uma regra que pode ser aplicada em qualquer operação”, explica a profissional.
Algoritmos para entender comportamento
Apesar de oferecer inúmeras aplicações ao comércio, as plataformas ligam a interface que armazena as informações da loja (vendas, estoque, etc) com os dados de cada cliente. Desta forma, o sistema consegue reconhecer um cliente e saber o que ele pode comprar e, a partir dessa informação, é possível lembrar ao consumidor sobre determinado produto que ele normalmente consome, baseado em seu comportamento. “Se ele não comprou o que oferecemos, essa informação volta para o sistema para que a loja saiba que não é sempre que aquele cliente vai se interessar pelo determinado item”, afirma Adriana.
O sistema permite também saber quem comprou e quem não comprou um produto, para depois encontrar uma equação com a probabilidade de o cliente voltar a compra-lo. “Os dados recolhidos pelo SAS também apontam a hora, o canal e o melhor período para se comunicar com o cliente. Precisamos, no entanto, ter maturidade para não ligar mil vezes para um cliente quando obtivermos a informação de que ele possui grande chance de comprar um produto”, diz.
O SAS trabalha basicamente com três pilares que são definidos pelos produtos que o cliente costuma comprar, itens que a loja precisa vender e o cruzamento de dados de perfis de consumidores que se assemelham para ofertar produtos específicos. De acordo com Adriana, os dados mudam enquanto estão sendo gerados e, por isso, é preciso reajustar os algoritmos frequentemente, como aconteceu por conta da crise econômica no Brasil, por exemplo.
O sistema trabalha testando vários algoritmos em diferentes plataformas com o objetivo de fazer todos os pontos de contato conversarem entre si – sejam eles call center, aplicativo ou tantos outros. “Existem milhões de aplicações para o SAS. No setor de RH de um cliente varejista encontramos uma forma mais eficaz de contratar pessoas, de acordo com o perfil da vaga e dos candidatos”, conta Adriana.
Identificação de colaboradores
Grandes redes costumam terceirizar o processo seletivo para recrutar funcionários em grande quantidade. Porém, este pode ser um dos motivos para a grande taxa de rotatividade em supermercados. “Com uma plataforma, ao invés de solicitar apenas o número de colaboradores necessários, pede-se perfis específicos, com base em currículo para melhorar a forma de contratar e diminuir os custos da operação”, explica a Head de Analytics do SAS.
Fonte: Apas Show