As vendas de cosméticos mudaram de canais durante a crise: atacarejo e farmácias ganharam fatia do faturamento, e supermercados e perfumarias, perderam. “São canais que investem em promoção e em lojas para aumentar a clientela”, diz Patrícia Momesso, responsável por análise de compras da Nielsen, que fez a pesquisa.
Outro fator é a política de preços, ela diz. Alguns canais, como as perfumarias, receberam mais clientes, mas o valor de vendas caiu. Apenas as vendas de porta a porta tiveram perda de consumidores (1,6%). O setor como um todo se retraiu 1,8% em 12 meses.
“Em algumas categorias de produto, os clientes passaram a escolher marcas um degrau mais baixo”, afirma Cesar Tsukuda, diretor da Beauty Fair, feira do setor que encomendou a pesquisa.
Há segmentos que cresceram mesmo com o cenário econômico adverso, ele afirma: produtos para cabelos cacheados e de barbearia.