Ao investir nessas iniciativas, o Abevê Supermercados melhora sua imagem e melhora o relacionamento com clientes e fornecedores
O engajamento em ações sociais indica comprometimento com a comunidade e fortalece a imagem da empresa. Mas exige planejamento para controlar as iniciativas e evitar efeitos negativos. Quem sabe bem disso é o Abevê Supermercados. A rede de Mato Grosso do Sul destina entre 5% e 10% da receita anual a projetos dessa natureza. Teve ano que o montante chegou a quase R$ 500 mil. “É um investimento alto para não ser bem direcionado, acompanhado e comunicado adequadamente. Sem contar o tempo das pessoas envolvidas, que não pode ser desperdiçado. Além disso, queremos retorno”, diz Luciana Azambuja, coordenadora de marketing do Grupo ABV.
Segundo ela, a solução foi criar um comitê formado por gestores de diferentes áreas. O grupo é responsável pelo calendário anual das ações. “Fazemos tudo com antecedência. É como se fosse o planejamento anual da empresa”, conta. E acrescenta: “Os brasileiros, cada vez mais, têm preferido se relacionar com empresas cidadãs. Ganhamos em valorização e melhor relacionamento até com fornecedores”, diz. Para ela, esse não é um dinheiro perdido. Prova disso é que, em 2010, quando os trabalhos sociais começaram a se intensificar, a rede tinha 13 lojas e faturava R$ 175 milhões. Este ano, deve alcançar R$ 330 milhões e 24 unidades.
O Abevê ajuda financeiramente cerca de 10 instituições sociais da região, que atendem crianças, idosos e pessoas em recuperação. A questão ambiental é uma das bandeiras. As lojas contam com lixeiras de coleta seletiva. Além disso, catadores de associações locais são cadastrados para retirada diária de papelão. A rede ainda promove pedaladas e a Corrida Rosa, contra o câncer de mama. Só para o Mesa Brasil, do Sesc, as doações de alimentos que iriam para o lixo somam R$ 100 mil ao ano. Algumas doações, vale lembrar, podem gerar deduções tributárias.
Segundo Luciana, o comitê ainda avalia a idoneidade das associações beneficiadas. “Nosso nome está em jogo”, observa. O calendário é repassado ao longo do ano para promover mudanças caso necessário. Cada atividade é avaliada para ser melhorada. “No passado, cometemos o erro de não divulgar o que fazíamos. Com isso, perdíamos o apoio”, conta. Atualmente, o Abevê avalia montar um grupo voluntário formado por funcionários da empresa. “Não vamos parar”, diz Luciana.
Fonte: Supermercado Moderno