O montante de energia elétrica utilizado por empresas do setor do comércio por meio do mercado livre dobrou no último ano. Em novembro, foram utilizados 557 MWm pelo segmento, 100,5% acima do registrado no mesmo mês de 2015, conforme dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Já na comparação em bases mensais, o volume aumentou 10% em dezembro em relação ao mês anterior, atingindo 612 MWm.
“A possibilidade de contratar energia no mercado livre, onde as empresas conseguem reduzir significativamente a conta de luz, deu algum alívio para muitas empresas do varejo num ano difícil como foi 2016”, avalia Reginaldo Meeiros, presidente-executivo da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia).
Em média, a migração para o mercado livre tem permitido uma redução de custos de 20% a 30% para shoppings e redes de supermercado. Outra vantagem, para os consumidores, é que podem assinar contratos de longo prazo com previsibilidade de custos. O Portal SM tem apresentado alguns resultados significativos do uso do mercado livre de energia como o caso da rede paraense Condor .
De acordo com dados da CCEE, o setor do comércio também se destaca em termos de quantidade de unidades ligadas à Câmara, na condição de consumidores especiais. Entre os dez de maior destaque, estão Carrefour, Cencosud GBarbosa, Havan, Makro Atacadista, C&A Modas e Riachuelo. Os dois primeiros também se destacam entre os dez maiores em termos de consumo.
Além disso, o processo tem impulsionado a geração de energia de fontes alternativas, como eólica e de biomassa. Isso porque, em geral, as redes do varejo são classificadas como consumidores especiais, empresas com demanda contratada entre 500 kW e 3 MW, e que podem contratar energia apenas de fontes renováveis.
Fonte: Supermercado Moderno