O problema crônico da falta de moedas para troco nos caixas levou a Associação de Supermercados do Rio (Asserj) a instalar cofrinhos de doações nos estabelecimentos. Para estimular a doação dos clientes, o valor arrecadado com as moedinhas será totalmente revertido para a programas de atendimento as crianças e adolescentes com câncer.
As moedas mais disputadas no comércio do Rio hoje são as de um real e um centavo, segundo a Asserj. A doação é uma tentativa de o segmento em minimizar a falta de troco nas lojas, dificuldade que também afeta outros setores do varejo. De acordo com a associação, alguns mercados até estão trocando moedas por alimentos não perecíveis.
— É um problema causado pela diminuição da produção no Banco Central. O custo de produção de uma moeda é muito maior que o valor nominal. Além disso, o brasileiro tem hábito de poupar moedas e, por isso, tem menos troco circulando. Estamos utilizando criativiade driblar essa dificuldade —Fábio Queiroz, presidente da Asserj.
O Banco Central admitiu que a produção tem sido impactada pela redução da despesa pública, mas diz que está administrando os estoques de moeda. Existem hoje em circulação 24,06 bilhões de unidades de moedas ou R$ 6,05 bilhões em valor, o que corresponde a uma disponibilidade per capita de R$ 29,36 em moedas e 116 moedas por habitante. O custo médio de produção de novas moedas é de R$ 0,25 por unidade.
Mais de 50 lojas físicas já aderiram ao projeto e a ação é válida em todo o estado. Os supermercados se comprometeram a repassar todo o montante ao Instituto Ronald McDonald.