Só na rede Supermercados BH, em 2021, 5% do faturamento vieram de compras realizadas no cartão de marca própria
Por Redação
Seja para fidelizar ou aumentar o poder de compra do shopper, nos últimos anos um movimento que pode ser denominado como “fintechzação” tem ganhado força no combo de mudanças que desenham o novo cenário dos supermercados.
“Atuar de maneira estratégico-financeira, por meio de tecnologia, novos produtos e serviços voltados para atender demandas do próprio mercado no tocante à parte financeira e de pagamentos, permite que as redes tenham um diferencial competitivo, melhorem sua relação com os clientes, fornecedores e membros de sua cadeia, com aumento de faturamento e otimização dos resultados”, explica à SuperVarejo Eduardo Silva, CEO do neobanco Edanbank.
Nesse novo modelo, o executivo explica que, entre as facilidades que costumam ser oferecidas, destacam-se serviços de cartões, conta digital, investimentos, seguros, consórcio, crédito e financiamento. Com isso, o varejista pode aumentar as receitas não operacionais, melhorar o fluxo de clientes e oportunidades de ofertas integradas, além de fortalecer a fidelização da marca.
Já o shopper ganha com a comodidade de poder concentrar suas necessidades em poucos estabelecimentos e mais economia por meio da participação em programas como cashback, premiações, entre outros.
Mas, para ter sucesso, é preciso ser estratégico. “O famoso Bank as a Service (BAAS) tem trazido muita frustração, pois as despesas são altas e nem sempre o varejista consegue rentabilizar a operação. Por isso, as parcerias no conceito Bank as a Business, em que o varejista se utiliza de uma fintech para explorar as oportunidades, são mais perenes, rentáveis e apresentam maior índice de sucesso”, diz, recomendando a associação com empresas do ramo que pensem num modelo de lucro integrado e demostrem claramente o ganho do supermercadista.
DM Card e Supermercados BH: crescimento acelerado
Nos bastidores dessa movimentação, a empresa de produtos financeiros DMCard é uma das principais fornecedoras de cartões private label (o famoso cartão de marca própria) no ramo alimentar brasileiro. Por meio dessa solução, grandes e pequenos varejistas conseguem conceder ao consumidor um limite de crédito para compras dentro da loja.
“Esse serviço se tornou essencial, pois com um cenário econômico mais desafiador como o que temos vivido, o cliente do supermercado, principalmente o de menor poder aquisitivo, tem dependido cada vez mais do crédito para encher o carrinho e abastecer a despensa do lar”, pontua o CFO da DMCard, Tharik Moura.
Em 2021, a empresa fechou o ano com uma carteira de crédito de R$ 809 milhões, resultado 61% maior do que o de 2020, quando o volume era de R$ 504 milhões. Já o volume de pagamentos realizados com cartões DMCard movimentou R$ 4 bilhões em 2021, montante 37% maior do que o do ano anterior.
Segundo Moura, o estado de Minas Gerais tem puxado esse resultado para cima, já que, em 2021, o volume de pagamentos com cartões de crédito na região foi de quase R$ 707 milhões — resultado 43% maior do que o registrado em 2020.
“O principal impulsionador dos bons resultados na região veio do Supermercados BH, parceiro DMCard no estado. A rede é a sétima maior do país e fechou 2021 com R$ 11 bilhões em vendas. Desse montante, pouco mais de 5% foram de compras realizadas no cartão de marca própria”, garante. E na sua loja? Ampliar ou abraçar algum tipo de solução financeira também é viável?
Fonte: Super Varejo