O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) de novembro fechou com queda real (já descontada a inflação) de 3,8%, em comparação com o mesmo mês de 2015. Para os próximos meses, os associados do IDV estimam queda de 3,5% em dezembro.
Mas para os meses de janeiro e fevereiro de 2017 a expectativa é de alta de 1,5% e 0,02%, respectivamente. Essas são as primeiras altas em 20 meses. Vale ressaltar a importância do IAV-IDV, que consegue, entre 30 a 40 dias, antecipar a tendência de resultados da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.
Bens não duráveis
O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice, drogarias e perfumaria, apresentou queda real de 3,6% das vendas realizadas em novembro na comparação anual. As projeções nas vendas sinalizam queda real em dezembro de 4,5%, crescimento em janeiro de 2017 de 2,11% e novamente queda em fevereiro de 0,9%. O setor de alimentação dentro do lar sente muito a pressão do aumento da inflação, com uma elevação média de preços, em novembro, de 11,6% (acumulado 12 meses). Já o segmento como um todo fechou, no mesmo período, com uma inflação de 13,4%.
Macroeconomia
Os pilares macroeconômicos que direcionam o consumo têm influenciado diretamente para baixo o desempenho do varejo, principalmente os indicadores de inflação, que está muito acima da meta estabelecida; o nível de desemprego, que alcança patamares iguais aos de 2011; a contínua desaceleração da massa salarial e o encarecimento e restrição na concessão do crédito .
A boa notícia é o indicador de confiança, que nos últimos seis meses mudou de patamar, saindo do pior nível alcançado, em abril de 2016, de 64,4 pontos para os atuais 79,4 pontos em novembro, voltando aos níveis do começo de 2015. O fator que puxou esse crescimento foi o aumento da confiança no cenário futuro.