No mundo todo, os consumidores se sentem cada vez mais seguros (e interessados) em comprar na internet. No Brasil, levantamento da Price Waterhouse Coopers mostra que 41% da população já faz compras pelo celular.
A digitalização, sem dúvida, chegou para ficar. Se não significou a morte das lojas físicas, forçou um grande reordenamento. Quem não se adequou à nova realidade, definitivamente, acabou ficando para trás. E, assim, como ocorreu em outros setores da economia, também o varejo foi profundamente impactado pelas startups. As empresas “novatas” no mercado estão ajudando a mudar a cara das lojas do novo milênio, e diminuindo a distância entre os estabelecimentos físicos e os virtuais.
Essa transformação capitaneada se dá de diversas formas. As startups podem atuar em praticamente todos os pontos da cadeia: criando programas de descontos que ajudem empresários a reduzir os estoques; gerindo programas de fidelidade que aumentem o engajamento com a marca; ferramentas de análise inteligente de estoques, plataformas de atendimento omnichannel que integram todos os canais on e off-line de atendimento, aplicativos que aprimoram o trabalho das equipes. Nos EUA, existem startups revolucionando cada um desses segmentos.
Esse movimento também é forte em nosso país. No início do ano, o estudo Loja 4.0: Panorama das startups brasileiras do varejo apontou que, entre maio de 2017 e março de 2018, o total de startups voltadas para aprimorar o relacionamento das lojas com seus consumidores saltou de 115 para 194. A gama de soluções ofertadas por elas é diversa: desde soluções de inteligência artificial para gestão de chatbots até terminais inteligentes para retiradas de produtos e sistemas de coleta de feedback em tempo real.
O uso mais intenso da tecnologia traz inúmeras facilidades para o cliente, e ajuda a estabelecer um ambiente de compras mais agradável. Todos os segmentos do varejo podem se beneficiar dessas possibilidades. Empresas on-line e off-line terão de remodelar suas atividades para oferecer uma nova experiência e integrar as soluções oferecidas pelas startups, caso ainda quiserem permanecer relevantes nesse jogo.
* Por Carlos Alves, diretor de Marketplace da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e Head de E-Commerce na Riachuelo
Fonte: Novarejo