Lançada em novembro de 2015, a startup Paymundie oferece uma maneira diferente e mais barata de bonificar funcionários: a criação de um cartão de recompensas em que as comissões se transformam em pontos que podem ser trocados por produtos de diversas empresas.
O criador da Paymundie é o paulista Rafael Mendes, de 29 anos. Formado em propaganda e marketing, Mendes empreende desde que saiu da faculdade.
Entre 2007 e 2011, foi o CEO do Papolog, uma plataforma multimídia que conectava artistas e fãs. Depois, abriu uma agência de marketing.
Até que, no ano passado, Mendes começou a pensar em modelos de negócio que ajudassem empresas a sobreviver à crise. “A receita para o sucesso de uma empresa depende de dois fatores: o aumento nas vendas e o corte de custos. Concluí que a criação de um sistema de bonificação que fosse mais barato para as empresas e bom para os vendedores seria útil”, afirma.
De acordo com o paulista, o pagamento de comissões em dinheiro vivo está sujeito a tributação. Ou seja, as empresas gastam mais que o valor do bônus do colaborador. “Pensei que, se criasse um sistema de bonificação baseado em pontos e em trocas, sem dinheiro vivo, não haveria impostos. Foi daí que surgiu a inspiração para a Paymundie”, diz Mendes.
O programa de recompensa funciona assim: quanto melhor o desempenho de um colaborador, mais pontos ele ganhará. Os pontos podem ser trocados em lojas físicas e online de parceiros da Paymundie.
Entre elas, estão nomes como Lojas Americanas, Casas Bahia, Centauro, CVC, Livraria Saraiva, Outback, Ponto Frio e Renner, entre outros.
As trocas podem ser feitas por meio de um cartão da Paymundie. “Temos clientes de diferentes setores e oferecemos produtos dos mais variados para os empregados”, afirma Mendes.
Atualmente, 14 empresas estão usando o programa de recompensas da Paymundie. Mendes, por questões estratégicas, não revela o nome delas, mas afirma que são negócios de médio porte.
Desde sua criação, a Paymundie já movimentou R$ 12 milhões em prêmios. A rentabilidade da Paymundie depende do acordo com cada um dos clientes e varia entre 10% e 15%.
Nos próximos meses, de acordo com Mendes, a empresa abrirá escritórios em Barcelona, na Espanha, e São Francisco, nos Estados Unidos. O objetivo é levar a “bonificação digital” para essas cidades também.
Neste ano, a meta do empreendedor é movimentar R$ 70 milhões em prêmios. “No futuro, meu sonho é tornar a Paymundie uma referência global em recompensas para empresas”, diz.