Sem grande alarde, a Starbucks lançou uma mudança nesta semana que pode alterar todo o seu rumo para o futuro. A partir de agora, todos os clientes nos Estados Unidos poderão fazer pedidos e fazer pagamentos através do aplicativo da rede – até então, estes eram benefícios exclusivos para membros do programa de fidelidade da empresa.
Com a mudança, a Starbucks toma um rumo diferente de muitas empresas que apostam na fidelidade como vetor de crescimento acelerado. Um dos maiores exemplos é a Amazon, cuja estratégia vem sendo replicada no Brasil por players como Magazine Luiza e Mercado Livre.
Ao mesmo tempo que a Starbucks vem tendo dificuldade em aumentar o tráfego de clientes, todo o crescimento nas mesmas lojas é decorrente de compras via app por clientes cadastrados no programa. Das 75 milhões de pessoas que frequentam as lojas mensalmente, 15 milhões são membros.
Em fórum do JPMorgan neste mês, o CFO Scott Maw falou sobre a estratégia. Basicamente, a ideia é dar essa pequena comodidade para que clientes de fora decidam participar do programa de fidelidade – além, claro, de captar mais e-mails de pessoas que fizeram o download do aplicativo. “Sabemos que vamos converter um milhão ou dois por ano, mas o que podemos fazer além disso?”, questionou.
No limite, fazer parte de um plano de benefícios encoraja mais gastos, e ter mais clientes na gama dos atendidos via app melhora as vendas no curto prazo. “Obviamente, teremos a possibilidade de captar endereços de email, celulares e começar a focar neles diretamente”, completou o executivo.
Fonte: Infomoney
