A Cozinha Trigo está em funcionamento no Rio desde maio, com cinco novas marcas criadas exclusivamente para delivery; objetivo é chegar a 10 unidades em 2021
O Grupo Trigo, dono de franquias como Spoleto e Koni, lançou um novo modelo de negócio em 2020: Cozinha Trigo. Consiste em uma cloud kitchen, com quatro novas marcas desenvolvidas exclusivamente para delivery. A quinta, focada em hambúrgueres, entra em fase de pré-lançamento nesta semana e deve ser apresentada ao mercado no início de janeiro.
O negócio começou a funcionar em maio, no Rio de Janeiro, mas já vinha sendo pensado há mais tempo, como uma resposta ao comportamento do consumidor, que queria ter no delivery uma experiência semelhante à que teria em um restaurante. “Para compor esse serviço, criamos um delivery com comida incrível, apresentação impecável, velocidade na entrega e preço justo”, diz o sócio-diretor do grupo Trigo e líder do projeto, Rodolfo Dana.
O executivo explica que a decisão de criar novas marcas, em vez de usar as que já compõem o portfólio do grupo, é para manter a estratégia de delivery diferenciada das outras propostas, além de trazer culinárias complementares.
As marcas atuais da Cozinha Trigo são Room Service, focada em culinária clássica, com itens como feijoada e picadinho; StrogoNosso, que traz uma releitura do estrogonofe, com ingredientes mais sofisticados; Betty Sweet, que é a primeira aposta do grupo em docerias; Risie Risoteria, focada em risotos; e a mais recente Cut The Crap, focada em hambúrgueres artesanais assinados por chefs.
O projeto acabou sofrendo alterações por conta da pandemia: uma marca pensada para criar experiências em ambientes de escritório precisou ser engavetada. O investimento no desenvolvimento do negócio foi de cerca de R$ 1,5 milhão, mas Dana diz que ainda deve ter mais aportes ao longo do tempo.
Passado o teste de fogo, agora a Cozinha Trigo segue o caminho das irmãs mais velhas e passa a se expandir por franquias. Duas unidades, uma em Brasília e outra em São Paulo, já estão em construção. A meta da rede é atingir dez pontos instalados até o fim de 2021, mas já existem cerca de 30 locais mapeados.
Colocar as novas marcas para brigar com as antigas, que continuam com suas estratégias individuais de delivery, não é uma preocupação de Dana. De acordo com ele, a ideia é atender diferentes desejos do consumidor e marcar presença nas regiões. “Nós não vemos outros restaurantes como concorrentes na praça de alimentação, por exemplo. É uma forma de ter variedade e estimular o consumidor a voltar sempre, o que é bom para todos”, explica.
O delivery faz parte da história do Grupo Trigo há bastante tempo: por 13 anos, a empresa foi responsável pela expansão nacional da rede americana Domino’s Pizza, passando de 23 para 230 unidades. Hoje, além da Cozinha Trigo, a empresa opera o Spoleto, Koni, LeBonTon e Gurumê – só a última não é franquia.
Para o Cozinha Trigo, as áreas de interesse para a expansão são as regiões com alto índice de pedidos de delivery, que é possível medir pelas mais de 400 unidades que o grupo tem de outras redes, e densidade populacional.
O perfil de franqueado que a marca procura é similar ao do restaurante, pois precisa gostar de trabalhar com alimentação e de lidar com pessoas, mas ter uma mente voltada para o marketing digital fará diferença, uma vez que todo o contato com o consumidor será por aplicativos e redes sociais. “Pelo menos um dos sócios precisa ter esse perfil”, diz. O investimento inicial total para ter uma unidade da Cozinha Trigo, com as cinco marcas, é a partir de R$ 400 mil.
Fonte: PEGN