Em janeiro, a NRF Retail’s Big Show contou com a presença de representantes da Associação Paulista de Supermercados (APAS), composta pelo presidente da organização, Ronaldo dos Santos, o gerente da Divisão de Gestão Corporativa, Rodrigo Mariano, a coordenadora da área Comercial, Olinda Silva e o gerente da Divisão de Serviços aos Supermercados da APAS, Eduardo Ariel Grunewald que conversou com o Blog APAS Show sobre os destaques da edição deste ano.
Nesta entrevista, Ariel, como é mais conhecido, destaca a diversidade para melhor conhecimento do consumidor e dos colaboradores dos supermercados. Segundo o executivo, existe muita expectativa quanto ao impacto das soluções tecnológicas na melhoria das operações dos supermercados e na experiência de compra do consumidor. De acordo com o gerente, esta edição da NRF Retail’s Big Show mostrou maiores esforços na busca pela experiência de compra omnicanal dos consumidores, nas visitas às lojas, fica evidente a proposta dos supermercados, com um posicionamento muito claro.
Blog APAS Show: Nos vídeos que acompanhamos pelo canal da APAS no Youtube, você falou sobre alguns supermercados que atuam com propostas claras de posicionamento. Quais exemplos você poderia citar?
Ariel: No caso do Stew Leonards, fica claro logo na entrada da loja o porquê do layout fazer você passar por todas as sessões estabelecimento. Uma comunicação de loja temática sobre a fazenda durante toda a experiência de compra. A interatividade está presente nesse movimento e isso traz uma experiência diferenciada. Na rede de supermercados norte-americana Target é impressionante a preocupação deles com a experiência de compra: obstinação pelo cliente e pela produtividade. Já a proposta de alimentos saudáveis do Whole Foods é sinônimo de comprar saudabilidade com mix de produtos diferenciados.
Blog APAS Show: O que mais chamou atenção em relação à experiência de compra durante a NRF 2019?
Ariel: A experiência de compra é e será cada vez mais agradável. E o que mais vimos neste sentido é fazer o consumidor encontrar o que quer com o auxílio de uma boa comunicação, layout de loja e exposição adequada do mix de produtos. Na exposição de FLV das lojas norte-americanas, não há necessidade de tocar nos itens para saber a qualidade, como o consumidor tem o costume de fazer no Brasil porque existe a triagem feita pelos colaboradores. Ou seja, se está exposto, está bom para consumir. Outra coisa curiosa é que os supermercados dos Estados Unidos trabalham com menos da metade dos checkouts que temos aqui. Isso porque também o sistema de “self checkout” está ajudando a diminuir o tempo de espera fila no caixa. Outra questão, é a produtividade dos operadores de checkout, que é muito maior e isso é resultado de muito treinamento e indicadores de desempenho.
Blog APAS Show: Quais os destaques que a equipe da APAS encontrou entre os supermercados que promovem a interatividade na loja física?
Ariel: Eles são obstinados por eficiência. Para alcançar esse objetivo, guiam-se por métricas que os levam a atingir uma produtividade ideal. Lá os supermercados não têm colaboradores para fazer as ações de degustação. É a loja quem interage com o consumidor e não o promotor.Outra diferença marcante é que a comunicação das lojas físicas e virtuais é muito bem explorada pelos americanos. A cultura é diferente, e aqueles familiares cartazes coloridos de amarelo e vermelho que temos aqui dão lugar a peças mais claras e objetivas. A experiência de compra do Whole Foods é espetacular não só pelo mix de produtos, mas pela área de alimentação para o consumidor. Você percebe que estão preocupados em entregar um serviço completo em seu espaço.
Fonte: Apas