Em entrevista, Edgard Corona, fundador do Grupo BioRitmo, conta a fórmula por trás do sucesso da rede de academias mais famosa do País
Edgard Corona é um empresário arrojado e inquieto. Aos 60 anos, procura estar à frente da concorrência criando novos produtos e serviços para sua grande paixão: a atividade física. Fundador da rede de academias Bio Ritmo, engenheiro químico de formação, colhe hoje os frutos de uma empreitada iniciada em 1996.
Mas foi em 2009 que Corona criaria um modelo de negócio que se transformou em seu maior êxito empresarial e serviu de inspiração para diversos concorrentes: a rede de academias Smart Fit. Com a proposta de “democratizar o acesso à atividade física de alto padrão”, o modelo cresceu muito rápido – rápido demais para um segmento que requer altos investimentos. A empresa não comenta sobre a saúde financeira da marca, que já soma hoje 238 unidades no Brasil.
Segundo Corona, o sucesso da Smart Fit está no seu conceito. “Promovemos uma mudança de comportamento nas pessoas para que passassem a ter mais qualidade de vida e saúde, sempre com valores acessíveis”, conta em entrevista à NOVAREJO. O sucesso chamou tanto a atenção do mercado que é possível que ocorra a abertura de capital do grupo.
De 2009 até hoje, o Grupo Bio Ritmo cresce em torno de 56% ao ano. Embora atue com modelo de franquia, apenas 10% das unidades são franqueadas. Para este ano, a companhia pretende aumentar as oportunidades para franqueados. A ideia é abrir 125 novas unidades da Smart Fit em toda América Latina.
Mas há mais novidades por aí. A empresa implantou nas unidades da academia um bar, com bebidas isotônicas, e pretende lançar uma linha própria de suplementação e também moda. A empresa não confirma, mas a expectativa de mercado é que esses novos produtos movimentem mais de R$ 40 milhões este ano.
Mas onde está o segredo de sua gestão? “Errar rápido, corrigir rápido e implementar rápido”, afirma Corona. Ao fim do ano passado, o empresário foi considerado o Empreendedor do Ano 2017, segundo a consultoria Ernst & Young (EY). O reconhecimento não é à toa. São duas novas matrículas por minuto e faturamento que chegou a R$ 1 bilhão em 2016. O grupo é o maior na América Latina em seu segmento e o que mais cresceu no mundo nos últimos dez anos, segundo o relatório global da IHRSA (International Health, Racquet & Sportsclub Association, 2015).