Apesar do clima de insegurança econômica em alguns setores do comércio, a administradora de empreendimentos imobiliários JHSF registrou resultados positivos em suas operações no segmento de shopping centers. De 2016 para 2017, o lucro bruto da companhia saltou 69,8%, passando de R$ 86,7 milhões para R$ 147,2 milhões.
Entre os dois períodos anuais, os avanços foram verificados em um aumento de 8,3% nos níveis de vendas realizadas pelos lojistas – chegando a R$ 2 bilhões – e no crescimento da taxa de ocupação dos shoppings, que passou de 91,3%, em 2016, para 95,2% no ano passado.
Além disso, outro fator que contribuiu para o desempenho da empresa foi uma redução no custo de ocupação dos empreendimentos, em torno de 11,1% para 10,2% na mesma base de comparação. “É importante destacar que diminuição na taxa de vacância ajudou na melhora da receita da companhia e traz também uma redução nos gastos condominiais”, disse o presidente de relação com os investidores da JHSF, em teleconferência, Thiago de Oliveira.
Ainda sobre os custos de operação, Oliveira diz ver “algumas oportunidades de médio prazo a fim de melhorar a rentabilidade da companhia”.
Em relação a taxa de comercialização (ou taxa de ocupação) dos empreendimentos, o executivo ressaltou o aumento de 3,9 pontos percentuais ao Shopping Ponta Negra, de Manaus; e, “em menor escala”, o Shopping Bela Vista, localizado em Salvador.
O executivo indicou que, para o ano de 2018, haverá um esforço para melhorar as taxas de ocupação principalmente nesses dois shoppings a fim de reduzir os custos condominiais arcados pela empresa administradora.
Além disso, o foco também será na conclusão de duas obras em andamento, tais como a expansão do Catarina Fashion Outlet e o término da construção do Cidade Jardim Shops, ambos empreendimentos estabelecidos no Estado de São Paulo. Como terceiro ponto de destaque, Oliveira indicou a necessidade de diversificação de lojas nos shoppings centers.
Outros negócios
Para além dos shoppings e outlets, as taxas de ocupação nos hotéis administrados pela empresa passaram de 59%, em 2016, para 56%, no ano passado. Sobre o valor médio da diária, houve redução de R$ 2.096 para R$ 1.826 na mesma base de comparação.
Os restaurantes, por sua vez, JHSF foram atingidos, especificamente no número de couverts vendidos: de 643.877 para 639.971 entre de 2016 e 2017.
Fonte: DCI