Por Danylo Martins
Enquanto o Pix faz sucesso Brasil afora, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central também é um dos vetores de crescimento para fintechs como a Shipay, que integra pagamentos digitais ao caixa de varejistas. No ano em que o Pix movimentou R$ 10,9 trilhões em 24,1 bilhões de operações, a fintech viu a quantidade de transações em sua plataforma crescer 35 vezes.
Em 2022, a Shipay superou a marca de R$ 15 bilhões em 28 milhões de transações, revelam os sócios-fundadores da empresa, Charles Hagler e Luiz Coimbra, em entrevista exclusiva ao Finsiders. O volume movimentado pela fintech no ano passado foi quase 4 vezes maior em relação ao resultado de 2021. Ainda assim, o ritmo de expansão ficou abaixo do que os empreendedores haviam previsto em entrevista ao Finsiders, em janeiro do ano passado.
“Foi um ano desafiador. Atravessamos o deserto com todo mundo e saímos vivos do outro lado”, reconhece Charles.
Segundo ele, a receita da Shipay cresceu 8 vezes em 2022, na comparação com o ano anterior — o número absoluto não foi divulgado. A empresa também atingiu o ‘breakeven’ e não precisou recorrer às demissões em massa — hoje, a fintech tem mais de 50 pessoas na equipe.
Ele conta que uma das opções no ano passado era “dobrar a aposta”, por exemplo, com a captação de uma rodada Série A que levaria a uma expansão maior. “Mas o mercado secou totalmente”, diz o empreendedor. Desde o início do negócio, em 2019, a Shipay levantou somente um aporte (de valor não revelado) com Laércio Cosentino, sócio-fundador da Totvs, e João Augusto Valente, mais conhecido como Guga Valente, sócio-fundador do grupo de comunicação ABC.
Fonte: F. Insider