Por Isis Brun | A Shein no Brasil reafirmou, em comunicado, o seu compromisso com o processo de nacionalização anunciado em 2023, que inclui operações locais robustas, marketplace e produção local, além da geração de empregos. O pronunciamento da varejista de moda asiática vem como resposta às notícias sobre a parceria com a Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), no Rio Grande do Norte, anunciada no passado, não ter saído do papel.
Sem comentar alteração nos prazos, valor das peças e encargos com as peças, alvo de reclamações por parte de algumas empresas interessadas na parceria, segundo a notícia veiculada pelo jornal “Valor Econômico”, a Shein confirmou que “o grupo têxtil desenvolveu produtos em colaboração com algumas confecções do Pró-Sertão, no Rio Grande do Norte, para fornecimento à empresa. Esses produtos atenderam aos parâmetros de qualidade e custo da Shein, mas a etapa de lavagem e acabamento final não foi concluída devido a problemas internos da Coteminas”. A cooperativa realmente identificou esse problema.
Outro ponto também reconhecido pela Coteminas e que também se destaca no comunicado da varejista é o desejo da cooperativa superar as dificuldades financeiras “e retomar os esforços para desenvolver e fornecer itens para a Shein”.
Com R$ 1,1 bilhão em dívidas, a Coteminas entrou com pedido de recuperação judicial em maio deste ano. Ao “Valor”, a companhia afirmou que espera retomar a parceria e que problemas internos ainda precisam ser resolvidos.
Peças Made in Brazil
A Shein informou que está ampliando seu marketplace localmente e que já conta com mais de 15 mil vendedores. Atualmente, este modelo de negócios é responsável por 55% das vendas da Shein no Brasil. Em 2024, a expansão do marketplace foca em cinco estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
Desde abril de 2023, a Shein produz itens 100% Made in Brazil. De acordo com a varejista, o crescimento reflete o compromisso com o Brasil, com a meta de alcançar 85% das vendas locais (incluindo vendedores locais do marketplace e fabricantes) até o final de 2026.
Com seu modelo de negócios sob demanda, a Shein ainda destaca que “está revolucionando a indústria têxtil no País, promovendo inovação, maior eficiência e redução de desperdícios”.
Por fim, a empresa informa que continuará a apoiar e desenvolver empreendedores e parceiros locais, oferecendo a eles, por meio de sua plataforma, um mercado amplo e de valor agregado.
Fonte: Mercado & Consumo