Os brasileiros vêm, cada vez mais, comprando produtos e serviços por meio de smartphones: seis em cada dez internautas (61%) realizaram compras por aplicativos no último ano, de acordo com estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgado hoje (23/08).
O número é explicado, principalmente, pela facilidade de acesso (52%), já que a aquisição pode ser realizada pelo celular, de qualquer lugar. Outras razões destacadas são a praticidade e rapidez (46%), melhores preços (41%), além da possibilidade de organizar as compras de acordo com interesses e gosto pessoal (26%).
Os eletrônicos e itens de informática lideram o ranking de produtos mais comprados, com 39%. Em seguida, figuram a contratação de serviços de transporte particular (37%), vestuário (32%), itens para casa (31%) e pedidos de comidas ou bebidas por delivery (26%).
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, a economia de apps deve crescer de forma exponencial nos próximos anos e o varejo precisa estar atento a esta tendência. “É o momento de marcas construírem relacionamentos mais próximos a seus clientes e entenderem melhor sobre seus hábitos de consumo, necessidades e preferências”, analisa.
Influência das redes sociais
Outra movimentação que vem sendo observada é a maior importância dada às redes sociais no momento de decisão de compra. Impactados por anúncios, um terço dos entrevistados (33%) admitiu ter adquirido produtos e serviços pelas redes sociais nos últimos 12 meses. Entre a variedade, os itens de vestuário (37%) foram os mais adquiridos por este canal, alcançando 44% entre as mulheres. Em seguida vem os eletrônicos e os pedidos de comida e bebida por delivery, empatados em 27%. E, na sequência, aparecem cosméticos e itens para casa, ambos em 26%.
O fenômeno é explicado pela preferência do consumidor em escolher o que for mais conveniente, segundo Pelizzaro. “Isso significa que o varejo precisa continuar desenvolvendo experiências que atraiam os consumidores e promovam o engajamento, ou seja, é fundamental reduzir cada vez mais a distância entre o varejo físico e comercio online”, afirma.
Whatsapp como facilitador de comunicação
No geral, 78% dos ouvidos acreditam que o WhatsApp é uma boa forma de as empresas se comunicarem com clientes, principalmente para tirar dúvidas ou receber suporte técnico (58%), agendar horários de atendimento (35%), enviar promoções (31%) e comprar produtos ou serviços (20%).
Dentre os consumidores que não fizeram uso do aplicativo de mensagens, a principal justificativa é o fato de sempre terem conseguido resolver o que precisavam no site ou aplicativo da empresa (41%). Já 32% afirmam não gostar de ser incomodados por empresas, e 24% não confiam no app por terem medo de sofrer golpes.
Destaque dos marketplaces
Ao reunir diversas lojas em um único espaço online, os marketplaces se consolidaram como uma boa alternativa para compras, com nove em cada dez (91%) internautas reconhecendo suas vantagens. Os principais benefícios citados são maior variedade de produtos (48%), melhor preço (47%), maior disponibilidade de produtos (43%), frete mais barato (31%) e garantia de solução em caso de problema com lojista ou produto (27%).
Fonte: SuperVarejo