A Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) apresenta o Mapeamento de Fluxo de Visitas em Shopping Centers e Lojas Físicas do Brasil. Os dados são oriundos da FX Data Intelligence e da F360°, investidas da HiPartners, Venture Capital focado em Retail Techs, e chancelados pela 4Intelligence e pela SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. O estudo apresenta tanto a variação da quantidade de visitantes e vendas em relação ao mesmo período de 2023, como o comparativo com o mês anterior.
Em junho de 2024 o fluxo de visitas em shopping center cresceu 10% nas lojas físicas em relação ao mês anterior. Os lojistas de rua contaram com crescimento de 6%, um resultado mais tímido. Na margem, o descolamento no fluxo de visitação entre os tipos de loja se mantém, assim como também visto no relatório do mês passado, explicando a diferença no crescimento anual. Apesar do faturamento ter sido 10% maior nas lojas de rua no período, o fluxo nestes estabelecimentos caiu 2%. Porém, o crescimento de 7%, no ticket médio, exclusivamente neste tipo de loja, pode explicar esse fenômeno.
O mapeamento também apresenta recortes regionais e por segmento. Regionalmente, o fluxo de visitação em lojas físicas mostrou-se positivo em todas as regiões do Brasil, com exceção do Nordeste (-3%). Destacando-se, a região Sul, com um aumento de 13% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Crescimento que não foi diferente quando olhamos para o faturamento e vendas, registrando 18% e 14%, respectivamente. E ambos os indicadores tiveram alta em todos os segmentos analisados na comparação com 2023. Com destaque para “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, cujo fluxo cresceu significativamente, sendo 51% maior do que no ano passado, com performance altamente destacada, muito atrelada à categoria ser diretamente relacionada na escolha de presenteáveis no Dia dos Namorados.
“De modo geral, o varejo restrito manteve seu crescimento pelo quinto mês consecutivo, segundo a PMC, alcançando um desempenho além das expectativas do mercado. Esse avanço reflete o fortalecimento do consumo das famílias, sustentado por um mercado de trabalho aquecido e aumento da renda. Setores como hiper e supermercados, além de tecidos e vestuários, mostraram uma performance robusta, beneficiados por esses fatores econômicos positivos. Por outro lado, segmentos mais sensíveis ao crédito, enfrentaram dificuldades, impactados por taxas de juros ainda elevadas. No varejo ampliado, embora tenha havido crescimento, alguns setores foram prejudicados por condições climáticas adversas e um ambiente econômico que ainda não favorece grandes investimentos, demonstrando a complexidade do cenário atual.” afirma Eduardo Terra, Presidente da SBVC.
“Vemos que mesmo depois de um mês de maio aquecido, por conta do “Dia das Mães”, junho seguiu trazendo resultados evolutivos bastante positivos para o setor. Ainda que o fluxo cresça timidamente tanto na comparação mensal quanto anual, os indicadores de vendas e faturamento vêm alcançando altas de 2 dígitos, o que traz a tendência de um varejo mais fortalecido, ainda que num ambiente bastante instável do ponto de vista político e econômico. Por isso a importância de ter operações mais enxutas, eficientes e calçadas em tecnologia para calçar cenários mais austeros que possam surgir.” comenta Flávia Pini, sócia da HiPartners Capital & Work.
O estudo está disponível na íntegra para download em nosso site.