Por Guilherme Sobota | A receita líquida da Livraria Saraiva alcançou R$ 7,3 milhões no segundo trimestre de 2023, registrando redução de 60,8% quando comparada com o mesmo período do ano passado, em decorrência da redução do número de lojas na rede de 36 para seis. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (14) no balanço da empresa. O prejuízo líquido ajustado da empresa foi de R$ 16,2 milhões no 2T23, indicando melhora de 26% em relação ao 2T22
A venda líquida do site Saraiva.com foi de R$ 0,1 milhões, registrando um declínio de 78,6% em relação ao 2T22. Segundo a rede, a baixa performance de venda do site se deve a problemas estruturais na solução, motivo pelo qual foi totalmente reformulado em outubro de 2022. O e-commerce atua como um marketplace.
O EBITDA (lucro líquido do período acrescido dos tributos sobre o lucro, resultado financeiro líquido, depreciação e amortização) ajustado do 2T23 foi de R$ 11,3 milhões negativos e apresentou piora de 16,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em 30 de junho de 2023, o saldo total de caixa disponível, caixa bloqueado e recebíveis era de R$ 100 mil, contra R$ 21,1 milhões em 30 de junho de 2022.
A tabela a seguir apresenta a evolução da dívida líquida consolidada, cuja redução se deve à amortização da dívida com o Banco do Brasil, cedida para a Travessia Securitizadora de Créditos Financeiros VIII S.A., adquirente das UPI’s “Loja Shopping Ibirapuera” e “Direitos creditórios”.
Em 20 de julho, foi convocada uma Assembleia Geral Extraordinária e Ordinária (“AGEO”) que será realizada em 23 de agosto de 2023.
A rede mencionou no relatório o cenário macroeconômico desfavorável. “A persistência da alta taxa de juros e da escassez de crédito, mesmo diante de uma menor pressão inflacionária no mês de junho, combinada com o endividamento e reduzido poder de compra das famílias brasileiras dificultou, sobremaneira, a capacidade da Saraiva de identificar meios efetivos para manter a estabilidade de suas operações”, diz o documento.
A empresa lembrou que em junho houve a saída do então CEO, Marcos Guedes, que permanece como Membro do Conselho de Administração. Em agosto, foi contratada a consultoria ACES – Consultoria e Gestão Empresarial Ltda., que iniciou suas atividades com o propósito de identificar meios para o pagamento da dívida e dos demais passivos da Companhia, além de promover uma reestruturação societária e do negócio.
Segundo a Saraiva, a próxima Assembleia deve deliberar sobre o mecanismo para restabelecer a proporção entre ações ordinárias e preferencias, “o que poderá resultar na diluição dos atuais controladores e em uma nova composição acionária”.
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Fonte: Publish News