Lançada há pouco menos de 1 ano, a loja conceito da Samsung não é uma loja real. Denominada um “playground tecnológico” e um “destino cultural”, a Samsung 837, localizada no Meatpacking District, em Nova York, não é comparável com as lojas da Apple ou Microsoft.
Nela não se pode comprar sequer um produto. No único lugar onde se pode gastar algum dinheiro é no café da Brooklin’s Smorgasburg. Bem, se não se pode comprar nada na loja, então o que é esse espaço? A Samsung define como uma “manifestação física”, uma extensão da marca da companhia. E o resultado é extravagante, intenso e espetacular.
Dentre as atrações da Samsung 837, no centro do prédio de três andares, encontra-se um grande teatro com 96 telas de 55 polegadas que projeta uma variedade de eventos, além de live streams de lançamento de produtos. Nele existe uma estação de selfie, em que visitantes podem ter seus rostos projetados em milhões de miniaturas por alguns segundos. Adiante, encontra-se o túnel de virtual reality, com todo o tipo de demonstração do Gear VR, incluindo até mesmo cadeiras “4D” que se movem dependendo do filme.
Finalmente uma sala de estar e cozinha, tão sofisticadas como a marca se projeta para o mercado, com demonstrações de internet das coisas e zona de experiências com simuladores de ambientes, tudo isso para aguçar a percepção do consumidor, estimulando os sentidos e provocando emoções inesperadas.
Do ponto de vista do marketing, as lojas conceito são vitais para projetar a essência da marca. Muito além do mero showrooming, as lojas conceito oferecem em alto nível as experiências e o engajamento dos consumidores com as marcas, difíceis de serem realizadas em outras formas de comunicação, pois é o marketing simples, experimental e sensorial.
Por outro lado, o consumidor atual não precisa mais de uma loja física, já que a jornada de compras acontece a qualquer momento, via smartphone. Portanto, comparada com outras formas de lojas conceito, a Samsung se arrisca a lançar um modelo diferente, que não depende da venda de produtos para se manter, ainda que paradoxalmente funcione como gatilho de compra para todo os canais de vendas da marca. Seria esse o futuro das flagships no mundo?
Fonte: Meio e Mensagem