Durante o primeiro semestre, o índice médio de ruptura nos supermercados brasileiros foi de 10,5%. No entanto em junho, último mês do período, a falta de produtos nas gôndolas foi de 9,77%, o que pode indicar tendência de queda nesse indicador que tanto atrapalha as vendas do varejo alimentar. Os dados são de estudo da Neogrid , empresa especializada na sincronização automática da cadeia de suprimentos.
Conforme analisa Robson Munhoz, vice-presidente de operações da Neogrid, a expectativa de sair da crise cresceu entre os emrpesários após o processo eleitoral, porém a recuperação demorou mais do que se esperava. “Com isso, os supermercadistas não empataram um grande volume de capital de giro nos estoques. Mas a expectativa da votação da reforma da previdência e o aumento acumulado nas vendas até maio podem ter influenciado na queda do indicador de ruptura”, avalia.
Para este segundo semestre, as perspectivas são consideradas positivas e indicam sensível melhora. Munhoz lembra que, apesar da recuperação econômica lenta, dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) revelam aumento acumulado nas vendas do setor nos primeiros meses do ano. “Da mesma forma, os empresários da indústria também estão começando a ficar mais confiantes, ainda mais agora com a aprovação da reforma da previdência. E o indicador de ruptura tem muita correlação com a economia, seja do lado do consumidor, que compra mais quando tem maior confiança, seja pelo lado dos empresários, que têm maior segurança para ter mais estoques e oferecer maior variedade de produtos aos consumidores”, explica o vice-presidente de operações da Neogrid.
Fonte: S.A. Varejo