O simples ato de transportar produtos está se tornando uma ação bastante complicada e violenta no Brasil. Só no Estado do Rio de Janeiro, em 2016 ocorreram 9.300 roubos de cargas, gerando um prejuízo total de R$ 2 bilhões. O número engloba todos os setores, incluindo o de varejo alimentar. Segundo Fabio Queiróz, presidente executivo da Asserj (Associação de Supermercados do Rio de Janeiro), desde 2013 o roubo de cargas aumentou 300%. “Uma das razões para o índice triplicar é que o crime organizado estabeleceu como prioridade o roubo de cargas”, revela Queiróz.
Roubo de cargas: saiba onde e como agem os bandidos
Diante deste cenário assustador, a associação decidiu que não poderia ficar de braços cruzados assistindo o prejuízo de muitos associados supermercadistas. Queiróz contou para o Portal SM que a Asserj está estudando um projeto junto com as autoridades para ajudar a polícia a fazer o combate preventivo e repressivo após a ocorrência do crime. “Trata-se de uma parceria público e privado. Estamos conversando com entidades de outros setores – que também são atingidas pela roubo de cargas – para nos unirmos porque este é um problema multi setorial. Tudo será feito com a chancela do Governo, que está bastante receptivo com a iniciativa”, comenta o presidente da associação.
A ideia é angariar recursos para fazer a manutenção das viaturas da polícia e o pagamento de horas extras de policiais para intimidar a ação dos bandidos. “Nossa proposta é arcar com determinados custos que hoje o Estado não está conseguindo arcar”, revela Queiróz.
Fonte: Supermercado Moderno