A Máquina de Vendas decidiu unificar os diferentes softwares de gestão das suas marcas no país Insinuante, City Lar, Salfer e Eletroshopping, agora unificadas sob o nome e os sistemas da Ricardo Eletro.
O projeto foi implantado com consultoria da paranaense BRX Retail. que já atende grandes clientes Oracle no varejo brasileiro como Lojas Renner e Pão de Açúcar.
O processo envolveu 900 lojas e 12 centros de distribuição em apenas seis meses.
A Ricardo Eletro é o embrião da Máquina de Vendas e uma usuária de Oracle Retail desde 1998.
Mesmo assim, a migração para Oracle não foi uma decisão automática, destaca Edson Tavares, CIO da Ricardo Eletro, explicando que foram avaliados os sistemas das outras empresas e de mercado.
“Precisávamos colocar a casa em ordem para ganhar eficiência e estabelecer uma base para a unificação. A Oracle se destacou em vários módulos que já utilizávamos na Ricardo Eletro e se sobressaíram em novos módulos que optamos”, explica Tavares.
Foram implementados o Oracle Retail Merchandising System e Oracle Retail Fiscal Management.
Junto com unificação da marca da Ricardo Eletro e sistemas, também foi feito um orçamento base zero e adotadas as melhores práticas e as amplas funcionalidades para o varejo da Oracle Retail e Oracle E-Business Suite.
A redução de despesas é estimada pela Máquina de Vendas em R$ 40 milhões por mês.
Como próximo passo, a empresa pretende alavancar a tecnologia e escala da Oracle com a implementação do Oracle Hyperion Planning Resources, que já está em fase de homologação e será utilizado como plataforma para o orçamento para 2017.
Em nota, a Oracle não chega a mencionar quais sistemas foram substituídos. A reportagem do Baguete averiguou que a Eletro Shopping, por exemplo, fez uma implantação de sistemas da Senior ainda em 2013, quando já havia sido adquirida pela Máquina de Vendas.
Em seu site, a B Seller, uma companhia paulista de software de gestão para e-commerce, aponta ter entre seus clientes marcas da Máquina como Ricardo Eletro, Insinuante, City Lar e Eletroshopping.
A transformação tem seus motivos. De acordo com informações do Estado de São Paulo, o faturamento da Máquina de Vendas caiu cerca de 10% em 2015, totalizando cerca de R$ 7 bilhões. Para este ano, era prevista uma nova queda, de 4%.
A empresa quer reverter a situação cortando custos com a unificação das marcas, e também apliando as vendas online.
Hoje, as vendas online representam 20% do faturamento. Em abril, a companhia anunciou que a meta era fechar 2016 com 30%.