A pandemia da Covid-19 abalou o mercado com fechamento de lojas, consumidores em casa e um novo comportamento dos compradores. Mesmo os varejistas de e-commerce tiveram que se reinventar para manter as vendas e lidar com um novo público conectado na internet. Não fossem as tecnologias, os desafios enfrentados pelos empresários seriam ainda maiores. Foi o que defendeu o CTO da Riachuelo, Carlos Alves, em sua participação no The Future Of E-Commerce | Tech, evento promovido pelo E-Commerce Brasil para debater o futuro da tecnologia.
Carlos Alves contou como a Riachuelo precisou se adequar, da noite para o dia, para focar a sua atuação mais no e-commerce depois que as centenas de lojas da empresa precisaram fechar as portas com a pandemia.
“A tecnologia se mostrou completamente necessária para a continuidade e sobrevida das empresas. No momento em que o contato físico ficou impossibilitado, a tecnologia permitiu que os processos continuassem, seja de vendas, como de relações entre os colaboradores ou mesmo clientes”, contou.
Alves destacou que, de imediato, a Riachuelo utilizou programas para manter as reuniões diárias ou semanais, não precisando assim desmarcar encontros. O desafio maior foi adequar as possibilidades para que os colaboradores tivessem as suas missões de trabalho menos afetadas possíveis.
O CTO da Riachuelo falou de como a pandemia da Covid-19 serviu para mostrar quem já estava avançado em termos de tecnologia em seus negócios.
“É muito difícil quebrar um paradigma se você não coloca outro no lugar. Quando você precisa de tecnologia, ela não é mágica. Milagre só Deus que faz, o resto a tecnologia consegue fazer. Quando você avalia só o tangível, tem empresa que conseguiu mostrar o trabalho de décadas. Tem empresa que entendeu o quanto estava obsoleta e entraram em desespero”, disse.
O especialista ainda traçou um caminho para que as indústrias se adequem a flexibilidade que o e-commerce garante para o consumidor final. “Tudo mudando muito e rápido, mas é importante dizer que não tem solução de prateleira e quem acredita que é só com dinheiro que se constrói a mudança, terá uma ingrata surpresa quando entrar nesta jornada”.
Por fim, Carlos Alves arriscou traçar como será o futuro do e-commerce após a pandemia. Segundo ele, a pandemia é dura, mas pode trazer frutos, desde que os varejistas saibam aproveitar.
“Eu sou um apaixonado pelo e-commerce. É algo que eu acredito fortemente. O comércio é a prática mais antiga existente na humanidade. Ele ganha novas oportunidades com o e-commerce. Eu acredito que o e-commerce vai ganhar uma resposta muito grande. Antigos paradigmas serão quebrados, como por exemplo a concorrência com o meio físico, e acho que o e-commerce deixa de ser uma plataforma de compra e venda e passa a ser um meio de relacionamento, de apurar feedback, de evolução”.
Fonte: E-Commerce News