A Riachuelo vai discutir em abril se retoma o processo de abertura de lojas no país. Tradicionalmente, a companhia define o plano de abertura de lojas no fim do ano, mas a companhia optou desta vez por esperar a evolução do varejo no primeiro trimestre do ano para avaliar novas aberturas, afirmou Flávio Rocha, presidente da Riachuelo.
“No fim do ano, na definição do orçamento de investimentos para 2017, ficou estabelecido que a maior parte dos recursos será aplicada na renovação de lojas para um novo modelo que será mais adequado à mudança na área logística”, afirmou Rocha.
A Riachuelo investiu nos últimos anos na instalação de centros de distribuição totalmente automatizados e que permitem fazer a separação de produtos item por item à cada loja. A reposição nas lojas, que era feita por coleções, passou a ser diária. Rocha disse que esse modelo já é adotado desde setembro de 2016 nas 291 lojas da Riachuelo no país. E as lojas serão remodeladas de forma a ter maior variedade de produtos, mas com estoques menores para cada item. Por dia, a Riachuelo lança em torno de 200 itens.
A mudança já permitiu à companhia melhorar seu desempenho, registrando um aumento de 59,1% no lucro líquido do quarto trimestre de 2016, ante o quarto trimestre de 2015, para R$ 252,4 milhões. No ano, o lucro líquido caiu 9,3%, para R$ 317,6 milhões, ainda como reflexo do desempenho fraco nos nove primeiros meses do ano. A receita líquida no quarto trimestre avançou 5,1%, para R$ 1,8 bilhão. No ano, o aumento foi de 7,5%, para R$ 5,9 bilhões.
Os investimentos do grupo Guararapes, controlador da Riachuelo, somaram R$ 178 milhões em 2016, ante R$ 480,6 milhões no ano anterior. A empresa abriu seis lojas em 2016, chegando a 291 unidades no país.
A rede varejista não divulgou a projeção de investimentos para este ano.