A retomada de crescimento do setor de bares e restaurantes, em 2017, tem sido mais lenta do que se esperava em 2016. Após dois anos em constante queda em todos os principais indicadores do setor, a Abrasel – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, afirma que o pior já passou. Em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News, Paulo Solmucci, presidente-executivo da entidade, explicou que o setor está longe de crescer, mas que está em constante melhora desde o 1º trimestre do ano. “Projetamos uma volta aos padrões normais de rentabilidade e empresas operando com resultado positivo, apenas no final de 2018. O que nós comemoramos à partir do quarto trimestre de 2016 é que parou de piorar, começou a melhorar este ano, porém, em um ritmo mais lento do que imaginávamos.”, avalia o dirigente.
Setor Deve Crescer 2% em 2017
A projeção da Abrasel para este ano é de um crescimento real de 2% no setor. De acordo com a Análise de Conjuntura Econômica do Setor de Alimentação Fora do Lar, feita pela Entidade, o 1º trimestre do ano começou com uma redução na queda do faturamento. Enquanto 2016 terminou com queda de 3,93% no faturamento das empresas do setor, os três primeiros meses de 2017 suavizaram essa queda para 1,84%. Segundo Solmucci, uma das principais causas da melhoria foi o número de empresas que declararam ter rentabilidade superior a 10%, considerado de boa operação. Este número evoluiu nas duas últimas edições da análise; de 14% para 17% e agora 18% nos três primeiros meses do ano. “Tem dois anos que o setor busca intensamente por mais produtividade. Este ano, por conta da queda da inflação, esses investimentos têm contribuído para o aumento da rentabilidade”, explica.
Iniciativas e Desafios
Paulo Solmucci conta, ainda, que a tendência é que, progressivamente, as empresas vão simplificar o seu modelo de serviço e entregar ao consumidor um preço mais competitivo. “Há uma tendência muito grande em menos mão de obra de atendimento e o cliente participar mais do processo de seu atendimento.”, revela. Entretanto, de acordo com o executivo, algumas empresas vêm crescendo em função das que estão morrendo. “Essas empresas que estão fechando liberam uma quantidade de clientes que vão se reposicionar no mercado, o desafio é absorver esse cliente, passando a oferecer um maior mix de produtos ou serviços. Ou seja, é preciso repensar o cardápio ou portfólio de serviços, mantendo a identidade de cada negócio, para a empresa atender quem está chegando, mas sem perder o consumidor habitual.”, finaliza.
Fonte: GiroNews