As unidades da Lojas Renner inauguradas no ano passado no Uruguai têm superado as expectativas iniciais do grupo e incentivam a empresa a ampliar a experiência. Hoje, a companhia possui três estabelecimentos operando em Montevidéu, e, neste primeiro semestre ainda, serão abertas mais duas lojas no país vizinho, uma em Rivera e outra na capital.
Foram investidos R$ 18 milhões para viabilizar a entrada da Renner no Uruguai. Além disso, foram direcionados, em média, R$ 8 milhões para a abertura de cada uma das três lojas já inauguradas no país. “O objetivo era testar o mercado da Renner fora do Brasil, e os resultados têm sido encorajadores”, afirma o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Lojas Renner, Laurence Gomes.
Questionado se a estratégia poderia ser expandida para outros países – como a vizinha Argentina, por exemplo -, Gomes limitou-se a sentenciar que, “hoje, não se têm planos além do Uruguai”. Com as duas novas estruturas no Uruguai somadas às unidades no Brasil, o grupo pretende abrir, aproximadamente, 70 lojas em 2018. Serão entre 25 e 30 estabelecimentos com a marca Renner, de 10 a 15 da Camicado (controlada no segmento de casa e decoração) e entre 20 e 25 da Youcom (roupas e calçados para o público jovem).
A Lojas Renner vem de um resultado financeiro positivo em 2017, registrando um lucro líquido de R$ 732,7 milhões, incremento de 17,2% em relação ao período anterior. Levando em conta apenas o quarto trimestre do ano passado, o Natal esteve em linha com as perspectivas da companhia, proporcionando o crescimento de 15,7% na receita líquida de mercadorias e de 8,7% nas vendas em mesmas lojas, nesse espaço de tempo.
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Lojas Renner atribui o resultado do ano passado a um bom ritmo de vendas e a uma boa gestão da margem comercial. Apesar de considerar 2017 como desafiador, o executivo informa que houve um fluxo satisfatório de clientes, assim como queda da inadimplência. Gomes cita, entre os fatores que contribuíram para esse cenário, a recuperação da economia, a queda da inflação e o retorno da confiança dos consumidores. O diretor prefere, por enquanto, não fazer uma comparação de resultados com os demais agentes varejistas devido à Lojas Renner ser uma das primeiras empresas a apresentar balanço neste ano.
Fonte: Jornal do Comércio