A Renner informou hoje que vai ampliar o número de lojas integradas com o comércio eletrônico para 100 unidades, até o fim do ano. A varejista começou a testar um modelo que integra lojas físicas e o site no Rio de Janeiro.
José Galló, presidente da Renner, disse que em algumas unidades do Rio os consumidores podem retirar na loja produtos comprados pela internet.
O executivo acrescentou que as vendas da Renner no comércio eletrônico crescem em um ritmo 3 a 4 vezes mais forte que as vendas do comércio eletrônico de moda no geral.
Galló disse ainda que a companhia vai colocar no ar uma nova plataforma de venda on-line para a Camicado no segundo semestre. “Essa nova plataforma vai nos permitir ser mais ousados. Vamos ter produtos que não são vendidos na loja. Vai ser uma experiência parecida com um marketplace”, afirmou.
Como parte da experiência multicanal, a companhia também pretende abrir no segundo semestre três lojas da Ashua. A marca foi criada em 2016, com vendas apenas no comércio eletrônico, para atender mulheres que usam numerações maiores.
“Tivemos uma resposta no comércio eletrônico bem interessante da Ashua. Avaliamos o mercado total e vimos que a maior parte das ofertas é de produtos muito básicos e com preços elevados. Queremos fazer moda plus ize com preços competitivos”, afirmou Galló.
Fechamento de lojas
O executivo foi questionado por analistas sobre os motivos para o fechamento líquido de quatro lojas no primeiro trimestre. Galló disse que as unidades encerradas apresentavam desempenho mais fraco e, próximas a elas, já havia outras lojas da Renner mais novas e com melhor produtividade.
“Antes de fechar a loja fizemos muitas tentativas. Fechamos porque não havia jeito. Mas não há muita perda de vendas, 80% a 90% dos clientes acabam indo para outras lojas nossas. Perde-se muito pouco”, afirmou o executivo.
Inverno
As temperaturas nas regiões Sudeste e Sul em abril ficaram de 5 a 7 graus Celsius acima da média histórica — e isso tem influenciado os negócios da Renner.
“As vendas de artigos de inverno estão de 10% a 20% abaixo do que deveríamos estar vendendo por causa das temperaturas”, afirmou Galló.
O executivo acrescentou que, de modo geral, há uma boa aceitação da coleção de inverno nas lojas. O problema são as vendas de peças para clima mais frio. “O grande desafio é a questão da temperatura, que não ajudou muito no fim de março e em abril”, afirmou Galló.
O executivo disse que, fora das regiões Sudeste e Sul, as vendas têm alcançado as metas estabelecidas pela varejista.
Fonte: Valor Econômico