A Renner fechou acordos com bancos recentemente para ter acesso a novas linhas de crédito. O objetivo com isso é fortalecer sua posição de caixa. Os valores e os bancos envolvidos são mantidos ainda em sigilo pela varejista de moda.
“Estamos priorizando a manutenção do caixa saudável para dar suporte à operação, enquanto as lojas ficam fechadas”, afirmou Fabio Faccio, presidente da Renner, em entrevista ao Valor.
Como parte dos esforços para preservar o caixa, a companhia também informou que vai congelar os investimentos na abertura e na reforma de lojas do grupo, enquanto durar a crise causada pela pandemia de covid-19.
A Renner havia anunciado no começo do ano investimentos de R$ 910 milhões em 2020, que incluiria a abertura de 25 a 30 lojas Renner, 3 unidades na Camicado, 7 na Youcom e 2 na Ashua.
“Reavaliamos todo o orçamento para 2020, incluindo investimentos e despesas. Suspendemos as contratações e os investimentos em novas lojas. E estamos cortando despesas. Todas as ações são para preservar nosso caixa”, afirmou Faccio.
O executivo disse que a Renner não tem dívidas altas para pagar nos próximos três meses e tem uma geração de caixa elevada.
A Renner fechou 2019 com caixa e equivalentes de caixa de R$ 1,37 bilhão. A sua dívida líquida equivale a 0,3 vezes o seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês).
Faccio disse ainda que negocia redução de custos com grandes fornecedores. E negocia a redução de aluguéis com shopping centers. “Os shoppings têm se mostrado muito abertos à negociação”, afirmou.
Fonte: Valor Econômico