A marca de fast-fashion Renner vai colocar mulheres refugiadas no Brasil para costurar. A ideia é capacitá-las a fim de empoderá-las.
As mulheres vindas de Angola, Congo, África do Sul e Nigéria vão participar da primeira turma da Escola de Costura para Refugiadas do Instituto Lojas Renner, que será realizada pelo Centro São José, em São Paulo.
“Nosso objetivo é acolher estas mulheres e criar condições para que possam se desenvolver” comentou, em nota, Vinicios Meneguzzi Malfatti, diretor executivo do Instituto Lojas Renner.
A primeira turma contará com dois homens refugiados que têm interesse em aprender sobre costura industrial. “O projeto é voltado para mulheres, mas nosso propósito é dar oportunidade para as pessoas que precisam retomar suas vidas, independentemente de sua origem, gênero, credo ou raça. Todos são bem-vindos”, disse Malfatti.
A iniciativa é parte do projeto Empoderando Mulheres Refugiadas, realizado em parceria com o Pacto Global, o ACNUR, a ONU Mulheres e o PARR – Programa de Apoio a Recolocação de Refugiados.
Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o Brasil possui atualmente 8.863 refugiados reconhecidos, de 79 nacionalidades distintas. Desse total, 28,2% são mulheres).
Além das aulas de costura, as mulheres receberão orientações sobre informática, empreendedorismo, saúde e segurança no trabalho. O curso tem duração de dois meses. O projeto do Instituto pretende atender três turmas até o fim do ano.