Grupo associativista mineiro fechou 2020 com 500 lojas e planeja chegar a 725 PDVs no fim do ano; São Paulo e Nordeste são foco da expansão
Por Redação
O ano começou em ritmo de expansão para a Rede Melhor Compra, grupo associativista baseado em Ipatinga (MG) e que integra a Abrafad. A companhia, que chegou a 500 lojas no último trimestre de 2020, inaugurou mais 63 PDVs desde então e planeja alcançar 725 até dezembro. Os estados de São Paulo e da Região Nordeste são os principais alvos.
A rede iniciou sua incursão no Nordeste no ano passado e já conta com mais de 100 lojas em oito estados, com presença majoritária na Bahia e em Pernambuco, respectivamente com 40 e 38 unidades. Em São Paulo, a empresa abriu uma farmácia como uma espécie de piloto e acaba de contratar um consultor para prospectar farmácias independentes dispostas a converter bandeira, além de grandes players do atacado farmacêutico e distribuidoras de medicamentos no interior paulista.
“Mais de 60% dos nossos PDVs estão em Minas Gerais. E mesmo com essa concentração, ultrapassamos R$ 400 milhões de faturamento anual e a média de 1,5 milhão de atendimentos mensais, com expansão de 24% na comparação com o ano anterior. São resultados que nos dão respaldo para formar uma capilaridade nacional”, destaca o diretor comercial Adão Fonseca. A rede também dispõe de lojas no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Pará e em Rondônia, além do Centro-Oeste – Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Aposta na digitalização
Para viabilizar essa expansão, a Melhor Compra aposta em um ambicioso projeto de digitalização das farmácias do grupo. “O distanciamento social exigido pela Covid-19 fez triplicar as vendas online da rede, o que foi determinante para colocar esse plano em prática. Em 60 dias, esperamos que 100% das unidades disponham também de uma loja virtual”, antecipa.
Para concretizar o objetivo, a companhia formou uma equipe própria de TI para mapear oportunidades de crescimento e fechou parcerias com provedores de marketplaces para desenvolver o e-commerce para os PDVs. “É um trabalho que envolve a quebra de muitos paradigmas e barreiras culturais, mas a pandemia escancarou uma realidade irreversível”, avalia.
Os e-commerces das lojas estarão integrados a uma nova central de compras para negociações com a indústria e os distribuidores, além de um portal de programas de benefícios de medicamentos (PBM) com mais de 3 mil SKUs. “As transações também serão computadas automaticamente na campanha intitulada Produto Foco, que premiará os balconistas da rede com melhor performance de vendas”, acrescenta.
Assistência farmacêutica
Outro trabalho, ainda em estágio embrionário, é a implementação de programas de assistência farmacêutica nos PDVs, incluindo testes rápidos da Covid-19. Por meio de acordo com a Clinicarx, plataforma especializada na gestão de serviços farmacêuticos nas drogarias, a Melhor Compra já montou salas clínicas em 10% das unidades e espera dobrar esse contingente ainda neste semestre.
“As farmácias de bairro já têm um vínculo estreito com seus clientes, o que ganhou evidência na pandemia. Mas falta a elas um padrão para operar esses serviços e utilizar os indicadores de saúde em prol da fidelização”, conclui.
Fonte: Panorama Farmacêutico