Por Ana Luiza de Carvalho
A companhia afirma que o lucro menor ocorre devido às maiores despesas financeiras, relacionadas ao maior nível de endividamento e maior taxa de juros.
O lucro líquido ajustado do Grupo Carrefour Brasil foi de R$ 550 milhões no quarto trimestre de 2022, queda de 28% em relação ao mesmo intervalo de 2021. Entre janeiro e dezembro, o montante recuou 24%, para R$ 1,82 bilhão. A receita operacional líquida no ano passado foi de R$ 102,89 bilhões, alta de 32,3% em relação a 2021.
A companhia afirma que o lucro menor ocorre devido às maiores despesas financeiras, relacionadas ao maior nível de endividamento e maior taxa de juros. As despesas financeiras cresceram 197,5% em relação ao quarto trimestre de 2021, passando de R$ 266 milhões para R$ 790 milhões.
No Carrefour, as operações de risco sacado – pelas quais os bancos antecipam pagamento aos fornecedores do varejo – somaram R$ 3,77 bilhões no trimestre, o equivalente a cerca de 14% da dívida líquida do Carrefour, informou o diretor financeiro da com panhia, David Murciano.
“É uma prática de mercado, todos os varejos fazem essa operação, mas nós não aproveitamos para estender a dívida, só atuamos como intermediário”, disse o diretor, ontem a jornalistas.
Já no recorte operacional, o Carrefour Brasil viu crescimento no comparativo anual. A receita líquida no último trimestre foi de R$ 29,85 bilhões, alta de 36,5%. A receita operacional líquida no acumulado do ano foi de R$ 102,89 bilhões, alta de 32,3% em relação a 2021.
As vendas brutas consolidadas do Carrefour Brasil no último trimestre somaram R$ 31,5 bilhões, alta de 38%. Já em todo o ano de 2022 as vendas brutas avançaram 33%, para R$ 108 bilhões.
O Ebitda consolidado ajustado foi de R$ 1,97 bilhão entre outubro e dezembro, alta de 12,4%, enquanto o indicador excluindo a aquisição do Grupo BIG somou R$ 2,07 bilhões no período, alta de 17,6%. A margem Ebitda ajustada da companhia recuou 1,5 ponto percentual, para 7%.
De acordo com o informe de divulgação de resultado, o cronograma de integração do Grupo BIG foi antecipado e 48% das lojas foram convertidas no ano passado. “Estamos avançando bastante na integração, no início do ano estava previsto converter 37 lojas e convertemos 59”, afirma Murciano.
Fonte: Valor Econômico