Desde que chegou ao mercado financeiro para valer, em 16 de novembro, o Pix já está sendo utilizado por mais de 5 milhões de empresas, entre elas, farmácias e drogarias de todo porte. O Grupo RaiaDrogasil (RD) é um exemplo, pois 100% das lojas físicas estão aceitando pagamento com Pix. Nesta entrevista exclusiva para a Revista da Farmácia, o diretor financeiro da RaiaDrogasil, Gustavo Maglioni, conta como implantou o Pix na rede e quais estão sendo os efeitos dessa nova modalidade de pagamento.
Revista da Farmácia: Raia e Drogasil aderiram ao Pix?
Gustavo Maglioni: Sim, estamos aceitando PIX em 100% de nossas lojas físicas, tanto na bandeira Drogasil como na Droga Raia.
RF: Desde quando a nova tecnologia está sendo usada e como tem sido a aderência dos clientes?
GM: Esse processo foi conduzido com bastante cuidado e diversos testes foram realizados antes da data do lançamento. Nós iniciamos um piloto no dia 16/11 com algumas lojas. A partir do momento em que a solução estabilizou, iniciamos o processo de roll-out para 100% das lojas. Esse processo foi concluído em 30/11. Por ser um novo meio de pagamento, é natural que o processo de aceitação seja gradual.
RF: Foi complicado adaptar o sistema de checkout para receber via Pix? Que ajustes foram necessários para utilizar a nova tecnologia?
GM: Adaptar o checkout para a aceitação de um novo meio de pagamento nunca é simples, pois envolve uma série de alterações, tanto do ponto de vista financeiro/contábil como de TI. Porém, dado que nossas lojas já operavam com carteira digital, o processo foi mais tranquilo. O fato de termos tablet nos checkouts em boa parte de nossas lojas também facilitou a implantação e a utilização pelos clientes.
RF: Houve algum custo de implantação? Quanto custou para vocês?
GM: Como toda nova operação, é necessário investimentos para adaptação, mas como companhia de capital aberto não podemos divulgar valores.
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RF: Que retorno vocês estão tendo dos caixas? Está sendo funcional? Os clientes estão conseguindo usar?
RF: A confirmação do pagamento via Pix é automatizada?
GM: Sim. O recebimento do Pix ocorre de forma instantânea, e o crédito é disponibilizado imediatamente na conta corrente da companhia.
RF: O Pix não é de graça para as empresas. Quanto a Raia paga de taxa para fazer transações com o Pix?
GM: Como destaquei anteriormente, por sermos uma companhia de capital aberto, não podemos divulgar valores.
RF: Vocês acham que o Pix vai substituir o cartão de débito? O uso já caiu depois que implantaram o Pix?
GM: Acreditamos que essa modalidade de pagamento tende a ser muito utilizada pelos clientes, por conta das facilidades e da isenção de custo para os usuários. Não acreditamos que o cartão de débito irá acabar, mas nossa expectativa é que ocorra uma migração gradual das transações de débito para o Pix.
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RF: Até o retorno dessa entrevista, quantas transações a Raia já havia realizado pelo Pix? Quanto já havia vendido pelo Pix em reais?
GM: Por ainda estarmos no início da operação e aceitação dos clientes, os números ainda são muito incipientes, mas acreditamos que o Pix tem um potencial enorme de crescimento.
RF: Por fim, por que a rede tomou a decisão de aderir ao Pix?
GM: O Pix traz diversas vantagens para o varejo, tanto do ponto de vista de fluxo de caixa, dado o recebimento instantâneo, como redução de custo se comparado com uma transação de débito. Outro ponto importante é permitir que o cliente escolha a forma de pagamento que lhe for mais conveniente.
Fonte: Panorama Farmacêutico