Por Adriana Mattos
A Raia Drogasil (RD) deve abrir centros de distribuição em Cuiabá (MG) e Belém (PA) neste ano, e ainda estuda abertura de outro centro em Manaus, que será abastecido, por meio de transporte rodoviário, pela base de Goiás e Mato Grosso.
Em teleconferência com analistas nesta quarta-feira (08), executivos da rede também disseram que a rede planeja abrir 780 farmácias até 2025 — cerca de 260 ao ano, mesmo número registrado em 2022.
Marcilio Pousada, diretor-executivo, disse que com alta de juros e do CDI, concorrentes médios de São Paulo tem sentido a alta da alavancagem, sem citar nomes. Na segunda-feira (066), o Valor antecipou que a Poupafarma estuda uma recuperação judicial.
A RD anunciou alta de 48% no lucro de outubro a dezembro e aumento de 20,5% na receita líquida.
Abastecimento
A Raia Drogasil destacou que apesar de falta de determinadas mercadorias em lojas do setor, boa parte dos problemas da cadeia ficou em 2022. Nos últimos dois anos, a cadeia de produção e abastecimento sentiu a pandemia, que mudou prioridades de produção, e a falta de insumos no mercado, com a alta demanda.
No ano passado, com o pico de uma gripe mais forte em certos estados e a alta demanda de antibióticos, a indústria farmacêutica teve que reorganizar a sua produção.
“Não negamos que há produtos faltando, mas pelo tamanho do estoque da rede, não há sofrimento na cadeia”, disse Zagottis.
Segundo Marcílio Pousada, diretor-executivo, não há grandes problemas de abastecimento hoje, porque boa parte do desequilíbrio gerado entre oferta e demanda ficou em 2022, afirmou.
A Raia Drogasil ainda citou planos para o seu digital, e afirmou que terá um executivo dedicado para a “RD Ads”, braço da operação voltado para serviços de publicidade on-line da rede.
O comando ainda mencionou a estratégia de reduzir peso das despesas administrativas na receita da companhia, passada a fase mais forte de investimentos no digital. A empresa citou o tema em seu release de resultados do quarto trimestre.
Sobre essa questão, afirmou que não há uma “preocupação” com esse índice, e que o foco é “melhorar a empresa estruturalmente”.
Fonte: Valor Econômico