Com as plataformas fora do ar, vendedores e compradores tendem a buscar outras plataformas de comércio eletrônico, diz especialista
Por Natália Flach
É fácil identificar que a Americanas é a maior prejudicada pela instabilidade dos seus sites (Americanas e Submarino). Não à toa, as ações (AMER3) recuaram cerca de 6,5% nesta segunda-feira. Mas há quem potencialmente ganhe com a crise da varejista.
Segundo Alberto Serrentino, especialista em varejo e fundador da Varese Retail, no que se refere à operação 1P (na qual empresas compram de atacadistas e vendem diretamente aos consumidores) é provável que Magazine Luiza, Via e Amazon, além de varejistas regionais, herdem as vendas que a Americanas não conseguirá fazer durante os dias em que estiver fora do ar.
Já no marketplace (conhecido como 3P), é provável que o principal ganhador do tráfego da Americanas seja o Mercado Livre, por ser o maior competidor, e um pouco menos os outros três: Magalu, Via e Amazon.
Mas o que fica dessa história é que nenhum varejista está imune a essas intercorrências. “É uma situação que pode afetar qualquer empresa em qualquer setor. Por mais robusta que seja a arquitetura de segurança, os hackers estão conseguindo entrar. Por isso, a estratégia agora é mais como a empresa lida com a invasão; é menos levantar o muro e mais estar pronto para o ataque e conseguir minimizar os danos”, afirma.
Serrentino lembra que, no momento, não há previsão de quanto tempo os sites vão ficar fora do ar nem “se vão voltar de uma vez ou de forma gradual, com algum tipo de restrição ou limitação”.
Fonte: Valor Econômico