Em quarentena e preocupadas com o avanço da Covid-19, as pessoas estão sensíveis e ainda mais críticas em relação às iniciativas e aos posicionamentos das empresas. Neste momento, toda mensagem passada ao público deve ser muito bem analisada antes da divulgação.
De acordo com João Consorte, presidente da McCann Health Brazil , as marcas não podem gerar mais confusão. O discurso, segundo ele, precisa ser simples e direto. Em entrevista ao Estadão , o executivo da agência especializada no setor de saúde revelou que toda informação é checada várias vezes.
A comunicação neste momento, no entanto, precisa manter a coerência, seguindo no mesmo terreno em que as marcas atuam, para não parecerem artificiais, conforme lembra Rafael Donato, vice-presidente de criação da agência David . “Coca-Cola, por exemplo, sempre falou muito em família. Então, adaptar a mensagem ao ‘fique em casa’, ao conceito de ‘juntos vamos passar por isso soa natural”, exemplifica.
Uma das contas atendidas pela REF+ é do Fort Atacadista (foto) e demandou uma espécie de força-tarefa para ajustar o tom das comunicações. “No caso do atacadista, muitos clientes são pequenos negócios que estão sofrendo com a crise, com o fechamento do comércio. Então, o Forte resolveu dar dicas de contabilidade para auxiliar esses transformadores a passar por esse momento”, explicou Ricardo Calfat, vice-presidente de operações da REF+ , em entrevista ao Estadão.
Fonte: S.A. Varejo