Por Redação | A principal característica da Black Friday é o desconto agressivo e baseado nessa percepção, os supermercadistas investem em precificação para garantir a segurança do negócio sem deixar de oferecer um preço competitivo. Diante das oportunidades que a data oferece, algumas empresas vão além da promoção feita na sexta-feira e, em alguns casos, duram o mês de novembro inteiro.
De acordo com Felipe Salvador, consultor e líder de varejo na Selbetti, estratégias de pesquisas internas de faturamento por categoria, corredor e linha de produtos estão dando certo. “Para este ano, acredito que a tendência seja a hiper segmentação de preços e markup por categorias e produtos para distribuir melhor os lucros, evitando o excesso de abastecimento em determinadas lojas físicas e diminuindo o gasto da transição de produtos do CD para as lojas”, diz.
Para Salvador, os supermercadistas devem entender que esse é um período sazonal com potencial para fidelizar novos clientes e focar apenas em lucro pode ser o maior inimigo dos empresários. “Outro desafio é tentar manter a coerência dos preços entre loja online e física durante o período porque muitas pessoas vão a loja física para depois efetuar a compra online e vice-versa. Tanto o relacionamento com os fornecedores quanto a logística de abastecimento serão cruciais para se obter melhor preço do produto, menos gasto com logística e menos valor percebido passado ao cliente”, aponta o líder de varejo na Selbetti.
Produtos e vantagens para supermercadistas
Segundo Dino Gueno, professor de marketing de vendas da ESPM, a Black Friday tem como característica principal a oferta agressiva de preço e isso vale para todos os segmentos, inclusive os supermercados. “Os empresários devem entender que a Black Friday é uma campanha diária, mas que pode ter maior duração. Além disso, precisa ter metas de vendas e estabelecer os produtos que vão puxar a ação com ofertas realmente agressivas e impactantes”, explica.
Mas, o professor alerta que os supermercadistas devem focar em produtos não-básicos que vão servir de iscas para atrair o consumidor, mas que não sejam produtos do dia a dia. “Bebidas, chocolates, azeites, itens de utilidades domésticas, etc. Não se faz Black Friday com o básico, sem um desconto agressivo e comunicação específica para a data, com publicidade on e offline”, ensina Dino Gueno.
Felipe Salvador afirma que a precificação correta para a Black Friday traz diferentes vantagens para os supermercados. “Novos clientes; maior tráfego online; aumento de ticket médio; novos olhares sobre análise de dados, faturamento bruto ou líquido; e maior relação com os fornecedores e stakeholders”, completa o consultor e líder de varejo na Selbetti.
Fonte: Super Varejo