O mercado de seguro de saúde para animais de estimação ainda dá seus passos iniciais no Brasil, mas tem grande potencial de crescimento
Por Marina Hortélio
Vacinas, exames e consultas com o veterinário são alguns dos procedimentos necessários para garantir a saúde dos animais de estimação que pesam no bolso dos “pais de pet”. Para atender a demanda de cuidados com o bem-estar dos bichos, grandes empresas e startups têm entrado no segmento de planos de saúde pet. O setor ainda é novidade no Brasil, mas tem alto potencial graças à grande população de pets do país — mais de 149 milhões —, a humanização dos bichinhos e a resiliência demonstrada pelo setor durante a pandemia.
A preocupação dos tutores com seus animais e o aumento da adoção durante a crise do coronavírus se refletem no crescimento dos gastos com os bichinhos. De acordo com a pesquisa Domestic View 2022, da Kantar, os gastos com pets cresceram 129% no 2º ano da pandemia. O movimento é um indicativo de que o setor é forte. Outro ponto que reforça a tese das empresas de planos de saúde pet é a baixa cobertura, restrita a cerca de 0,2% da população pet nacional, segundo estimativas de empresas do segmento.
O mercado também se beneficia do fenômeno da humanização do pet: cada vez mais os bichos são vistos como parte da família. A pandemia foi um marco nesse processo por ter aumentado a convivência com os pets, o que influenciou a demanda por serviços veterinários. Uma pesquisa da startup DogHero aponta que 78% das 1,5 mil pessoas entrevistadas disseram considerar seu bichinho “como um filho”.
A confluência de fatores atraíram empresas como a tradicional Petlove e a startup novata Petwell para o segmento de seguros de saúde animal. De acordo com o mapeamento de Pet Techs do Liga Ventures, 15 das 156 empresas do segmento pet atuam com Planos e Clubes de Assinatura. Grandes empresas com atuação no ramo de seguros também estão se posicionando no segmento: o Banco do Brasil, Itaú e BV são alguns dos bancos que têm ofertas de assistência para os animais de estimação.
- Os planos de saúde animal não possuem uma regulação legal. Em tramitação na Câmara de Deputados, o PL 2888/2019 quer condicionar o funcionamento das operadoras a registro prévio no Conselho de Medicina Veterinária.
- O setor de produtos, serviços e comércio de animais de estimação fechou 2021 com um faturamento de R$ 51,7 bilhões, alta de 27% ante o ano anterior, segundo o Instituto Pet Brasil. Para 2022, a previsão é que o setor registre alta de 14%.
Para saber mais sobre o mercado de plano de saúde pet, leia o texto completo no site da The Shift.
Fonte: The Shift